Conteúdo - Parte 5

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A Alma Não se Alimenta do que e Material - Comentário de Colossenses 2.22

"segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem." (Colossenses 2.22)

"Todas estas coisas tendem à corrupção". Ele deixa de lado, por um argumento duplo, os atos aos quais ele fez menção - porque eles fazem a religião consistir em coisas externas e frágeis, que não têm ligação com o reino espiritual de Deus; e em segundo lugar, porque são de homens, não de Deus. Ele combate o primeiro argumento, também, em Romanos 14.17, quando ele diz:
"O reino de Deus não consiste em comida e bebida;".
Da mesma forma, em 1 Coríntios. 6.13:

"O alimento é para o estômago e o estômago para os alimentos: Deus destruirá a ambos."


Cristo também diz:

"O que quer que entra pela boca não contamina o homem, porque desce para o ventre, e é lançado fora." (Mateus 15.11)

A suma é esta - que o culto a Deus, a verdadeira piedade e a santidade dos cristãos, não consistem em bebida e comida, e roupas, que são coisas que são transitórias e passíveis de corrupção, e perecem por abuso. Porque o abuso é propriamente aplicável a essas coisas que são corrompidas pelo uso das mesmas. Daí, decretos não têm nenhum valor em referência a essas coisas que tendem a excitar escrúpulos de consciência.

A segunda refutação é adicionada - que elas se originaram com os homens, e não têm a Deus como seu autor; e por este trovão Paulo prostra e engole todas as tradições dos homens. Por que? Este é o raciocínio de Paulo: "Aqueles que trazem consciências em cativeiro injuriam a Cristo, e tornam sem efeito a sua morte. Porque tudo o que é da invenção humana não se liga à consciência."

Não se Purifica a Alma com Ascetismo e Cerimônias Religiosas - Comentário de Colossenses 2.23

"Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade." (Colossenses 2.23)

"O que tem de fato uma aparência". Aqui temos a expectativa de uma objeção, em que, enquanto ele reconhece nos seus adversários o que eles alegam, ele ao mesmo tempo reconhece isto como sendo totalmente inútil. Pois é como se ele tivesse dito, que ele não considera terem uma demonstração de sabedoria. Mas a aparência é colocada em contraste com a realidade, pois é uma aparência, como eles geralmente falam, que engana por semelhança.

Observe-se, porém, de que cores esta aparência é composta, de acordo com Paulo. Ele faz menção a três - o culto de adoração autoinventado, humildade e disciplina do corpo. A superstição entre os gregos recebe o nome deθελοβρησκεία - o termo que Paulo faz uso aqui. Ele tem, no entanto, em vista, a etimologia do termo, porqueθελοβρησκεία literalmente denota um serviço voluntário, que os homens escolhem para si mesmos, à sua escolha, sem a autoridade de Deus. As tradições humanas, portanto, são agradáveis ​​para nós por causa disso, porque elas estão de acordo com o nosso entendimento, porque qualquer um encontrará em seu próprio cérebro os primeiros esboços das mesmas. Este é o primeiro pretexto.

O segundo é a humildade, na medida em que a obediência a Deus e aos homens é almejada, assim, os homens não recusam até mesmo encargos excessivos. E, na maior parte as tradições deste tipo são de tal natureza que parecem ser exercícios admiráveis ​​de humildade.
Elas seduzem, também, por meio de um terceiro pretexto, na medida em que parecem ser de grande proveito para a mortificação da carne, enquanto não há nenhuma moderação no uso do corpo. Paulo, no entanto, reprova esses disfarces, porque aquilo que está em alta estima entre os homens muitas vezes é uma abominação aos olhos de Deus (Lucas 16.15).

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⏰ Última atualização: Jun 21, 2016 ⏰

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