Um Dia Após o Outro

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Desde que virei amiga de Maycon, me sinto maia completa por dentro, como se ele fosse a parte que faltava em mim, mas não, ele era só o popular, e eu, uma nerd qualquer que é iludida por pessoas como ele.
...
Eu e Carol eramos amigas inseparáveis, mas desde o momento que comecei a falar com Maycon, sinto que ela esta se afastando cada vez mais de mim.
- Carol - chamei, quando estava saindo da escola e indo para casa - será que podemos conversar?
- Não vai dar Helena, estou atrasada, marquei horário com a minha mãe, e já estou atrasada. - agora eu percebi como é ruim ser evitada por alguém, ainda mais sua amiga mais fiel.
- Olha sei que esta me evitando, pois nisso eu sou ótima, mas por que? O que eu fiz para merecer isso, ainda mais de você?
- A você não sabe? Pois então eu te relembro. Você sabe que gosto de Maycon, você sabe que o amo, que o idolatro desde que entrei nessa escola, e agora você fica se jogando para cima dele só para me causar ciumes.
- Eu não estou me jogando para cima dele! - disse com raiva na voz - Ele que está correndo atrás de mim, querendo que eu seja amiga dele. Achei que você soubesse que eu não sou do tipo de se joga para cima de um garoto.
- Achei que sabia. - disse Carol se virando para ir embora.
- Carol espere - disse segurando o braço dela. - você é minha melhor amiga, eu jamais ficaria com um menino que você goste, só para te causar ciúmes, mas mesmo que eu não fiz isso, me desculpe, por ter me aproximado dele sem falar nada com você. Também acho que não foi muito correto.
- Eu te desculpo - disse ela me abraçando - mas vê se da próxima vez me avisa das suas paqueras, para mim não me apaixonar por elas.
- Pode deixar - respondi sorrindo para ela.

...
Estava na sala assistindo uma de minha séries favoritas, quando o celular tocou. Era Maycon, tive um pouco de receio para atender, mas bobagem, acabei atendendo.

- Alô. - disse me levantando e subindo as escadas velhas de madeira.
- Oi, aqui é o Maycon, queria te convidar para sair.
- Me convidar para sair - não acreditei na hora, mas depois me lembrei, de todas as vezes que já tínhamos saído juntos.
- Aceita? - perguntou, com um pouco de receio na voz.
- Vou pensar no teu casa. Mas em via das duvidas, aceito.
- Que tal hoje naquele restaurante na esquina da sua rua?
- Ótimo, amo a comida de lá. OK então até.
- Até. - respondeu e desligou.
...

O restaurante era cheio de espelhos, tinha um lustre de cristal no meio do salão, bem em cima de uma mesa.
Assim que cheguei, achei que ele ainda não estava lá, mas então o vi na mesa que ficava bem embaixo do lustre de cristais.
Ele estava vestindo um terno preto, que destacava seu cabelo loiro. Estava parecendo um príncipe, já eu, estava vestindo um vestido vermelho que ia até o joelho e o cabelo solto, perto dele me sentia uma esfarrapada.
- Nossa você está linda! - disse ele para minha surpresa.
- Magina, é só um vestido velho que era da minha mãe. - disse sentando na frente dele.
- Então, por que me chamou aqui mesmo?
- Queria conversar com você. Sabe como é, você nesses últimos dias tem sido minha amiga mais sincera.
- Bom é isso que os amigos fazem - respondi um pouco sem graça.
- Queria te dizer - continuou, ignorando meu comentário - que nunca nos falamos, e agora, não consigo ficar mais sem falar com você, de ouvir sua voz. - eu já estava me sentindo sem graça, agora então, esse sentimento havia se multiplicado dentro de mim.
- Olha não sei suas reais intenções, mas acho melhor continuarmos sendo só amigo. - disse, mas me arrependendo em seguida, depois de ver o desapontamento e a mágoa nos olhos dele.
- Bom se você quer ir mais de vagar, respeitarei seu tempo. - disse Maycon um pouco desapontado.
O jantar chegou e comemos em silêncio, um silêncio um pesado, um pouco constrangedor.
Assim que terminamos, ele me deixou na porta de casa e foi embora.

A Pequena ÓrfãOnde histórias criam vida. Descubra agora