Capítulo 11

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     No outro dia.
     — Bom dia, Sora. — Kaneki sussura quando ela abre os olhos.
     — Bo-om d-ia.. AHHHHH!! — Sora dá um pulo. — K-kanekii seu pervertido!!
     — N-não é o que você está p-pensando!! — Ele recua da cama nervoso. —  V-você teve um ataque sonâmbulo.
     — Ah é, desculpa... — Ela cora sem graça. — M-mas não fez nada malicioso comigo, não é?
     — N-NÃO! E-eu nunca faria isso com você. Ainda mais sonâmbula, só levei um susto com você subindo na minha cama.
     — Hm... Bom, vamos tomar um café?
     — Sim. — Kaneki suspira aliviado com o mal entendido. Depois do café, Kaneki levanta. — Então... Vou para a Anteiku. Até mais, Sora.
     — Tchau! E obrigado por ficar aqui em casa. — Sora cora.
     — Nada, quando quiser eu fico de novo!
     — Obrigada.
     Kaneki logo chega na Anteiku.
     — Bom dia!
     — Bom dia, Kaneki!! — Ela pula em seus braços, fazendo biquinho. — Já estava com saudades...
     — Hehe.. — Kaneki ri sem graça.
     — Hoje você fica servindo clientes. Eu atendo os que chegam.
     — Ok!
     — Kaneki, aonde você estava ontem? Saiu correndo todo alvoroçado e não me avisou...
     — Ehh, tive que ajudar uma amiga...
     — Amiga, é? — Ela olha desconfiada.
     — É... Uma amiga.
     — Quero conhecê-la algum dia. — Ela sorri.
     — Sim.
     Enquanto isso, na casa da Sora. "Kaneki... Esse nome me fez amar de volta. A tanto tempo... Naquele tempo... Eu amei. Mas ele nunca ligou", pensa ela. "Mas vejo sinceridade nos olhos de Kaneki... Talvez uma chance... Bom, vou para o trabalho". Sora veste seu jaleco e vai para o consultório.
     No final da tarde, Sora sai de seu trabalho, vai para casa, veste seu vestido renda preto e sua máscara e corre pelo beco tentando lembrar a última vez que saiu pra observar a cidade. Ela senta no muro de um prédio alto e de lá vê os carros e as pessoas, o quanto era feliz, na sua cidade natal, na sua vida sem perigos e canibalismo.
     — Achei que não a encontraria. — Alguém corta os seus pensamentos. Ela se vira e era Kaneki.
     — Como me encontrou? — Sorri de canto.
     — Fiquei imaginando que você estava cheia de pensamentos e nada melhor do que ficar aqui, observando a cidade em um nível superior. — Ele fala sentando-se ao lado dela.
     — Pensou bem...
     — É. — Eles ficam em silêncio, mas Kaneki logo corta. — Você sente falta, né? Do seu passado.

Tokyo Ghoul: MeOnde histórias criam vida. Descubra agora