Vampire Kisses Livro 2
por Ellen Schreiber
Para meu pai, Gary Schreiber, com todo meu amor; da sua demoniazinha.
“Ao sangue novo!” — Jager Maxwell.
Capítulo 01 - Coração que Sangra (Bleeding Heart)
Era como se fosse o último prego num caixão. Becky e eu estávamos acampados no
meu quarto escuro, entretidas no filme cult de horror dos anos oitenta Kissing Coffins. A
femme fatale Jenny, uma adolescente, loira subnutrida, usando um vestido branco de
algodão tamanho -2, estava desesperadamente correndo uma trilha de pedras que
serpenteava em direção a uma mansão assombrada, e isolada. Relâmpagos brilhavam
acima de sua cabeça, na chuva que caía.
Na noite anterior Jenny havia descoberto a verdadeira identidade do seu noivo,
quando ela encontrou a masmorra escondida e o encontrou saindo de um caixão. O
maravilhoso Vladimir Livingston, um renomado professor de inglês, não era um mero
mortal no fim das contas, mas um vampiro imortal bebedor de sangue. Ouvindo o sangue
de Jenny gritar para ele, Professor Livingston imediatamente cobriu suas presas com a sua
capa preta. Seus olhos vermelho permaneciam descobertos, olhando para ela à distância.
- Você não pode suportar me ver neste estado - eu disse, junto com o vampiro.
Jenny não correu. Ao invés, ela foi na direção do seu noivo. Seu amor vampiresco
gruniu, relutantemente retrocedeu até as sombras e desapareceu.
O filme de presas tinha juntado um culto gótico que continua até hoje. Fãs se
aglomeravam em cinema fantasiados, gritavam as falas do filme em uníssono e atuavam
vários papéis na frente da tela. Mesmo que eu tivesse visto esse filme milhões de vezes
em casa no DVD e sabia todas as falas, eu nunca fui abençoada com a participação numa
aparição teatral. Esta era a primeira vez que Becky assistia. Nós sentamos no meu quarto,
coladas na tela, enquanto Jenny decidia voltar à Mansão do professor para confrontar o
seu amor imortal.
Becky cravou suas unhas roídas, pintadas de vermelho sangue, no meu braço
enquanto Jenny lentamente abria a porta de madeira, que rangia, da masmorra. A
ingênua desceu a escadaria da masmorra escura de Vladimir suavemente, tochas e teias
de aranha penduradas nas paredes de tijolo de cimento. Um caixão preto simples no meio
da sala, terra salpicada sob ele. Ela se aproximou cautelosamente. Com toda a sua força,
Jenny levantou a tampa pesada do caixão.
Violinos gritaram por um clímax. Jenny olhou lá dentro. O caixão estava vazio.
Becky arfou. - Ele se foi!
Lágrimas começaram a enxer meus olhos. Era como ver eu mesma na tela. Meu
amor, Alexander Sterling, tinha desaparecido na noite, duas noites atrás, logo depois de
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