LIVRO 2
Elas voltaram para reaver seu antigo território, e o sangue sedento por vingança ferve junto a magia de seus caldeirões.
"Se os Lyncans estão vivos é porque a humanidade inda corre perigo, Meu filho corre perigo e farei de tudo para salva-lo...
Já faz três dias que Neithan está doente. Nem ele e muito menos eu estamos conseguindo dormir direito. O que ele tem? Bom nem Rebecca sabe ao certo, ela acha que é uma gripe seguida por alergia, porém agora estão surgindo pequenas manchinhas verdes pelo seu corpo. Jey foi chamar Velho Bill para verificar. Eu fui impedida de tocar em meu filho, até que descobrissem o que estava havendo com ele. Neithan chorava e eu não podia pega-lo no colo e acalma-lo, apenas minha voz dizendo que estava tudo bem e que a dor já ia passar não bastava. Ele precisava sentir o cheiro da mãe e a proteção dos meus braços.
Ao ver aqueles olhinhos lacrimejando, ouvir seu choro de dor e observar seu semblante desesperado, parecia que meu coração subia até a boca, quando chegava a traquéia entalava me fazendo sentir uma faltar de ar terrível, não me deixando engolir direito. Ele chorava e pedia por mim, eu penas o olhava ao lado do berço e tentava acalma-lo da melhor forma possível, ele estava sentindo dor eu sabia disso mais não sabia como cura-lo, ninguém chegava para ajudar, passar uma pomada ou algo do tipo.
Ver Neithan assim me fazia sentir uma dor maior que a dor que senti no parto. Sentia me fraca e impotente. Finalmente Jey chega acompanhado de Bill, sem pensar duas vezes vou ao encontro de Jey, tudo que eu mais queria agora era sentir seus braços me apertando mostrando sinal de segurança.
- Graças a lua, você chegou! - Digo já me afastando.
-Desculpa a demora - Justifica ele me olhando com ternura - Como ele está ? - Pergunta Jey olhando para Neithan.
- Péssimo, ele não para de chorar acho que está com dor. - Falei preocupada.
- Eu vou dar uma olhada nele - Disse Bill entrando na conversa
Velho Bill se dirigiu te Neithan pegou um par de luvas em sua mochila e colocou. Primeiro mediu a temperatura em seguida colocou o óculos e examinou meticulosamente as manchas em um de seus braços.
- Agora abre o bocão pro vovô! - Pediu, pegando um tipo de palito de sorvete.
Neithan fez o pedido e soltou o que pareceu a tentativa de um rosnado, me fazendo abrir o primeiro sorriso do dia. Não importava como Neithan, sempre ma fazia sorrir seja do modo como ele reage a uma bronca, seu vocabulário mirabolante ou apenas seu sorriso. Bill termina de examina-lo e minha expectativa aumenta quando ele nos olha e não diz nada.
- Então, o que ele tem! - Quis Jey ansioso assim como eu.
- A febre esta baixando, já as manchas... - Ele faz uma pausa pensativo mordendo os lábios. - São resultado de um planta Specktros Synthilus, é de uma espécie de samambaia de pequeno porte que cresce no chão. Specktros é o nome de um feitiço feito por bruxas e Synthilus é porque ela brilha no escuro em uma coloração verde.
- Eu lembro dessa planta, teve um tempo que a floresta estava cheia disso. - Disse Jey puxando na memória.
- As bruxas usam essa planta para marcar território, quem toca nelas contrai um alergia, que se não tratada à tempo pode matar. -Explica Bill.
- Quer dizer que meu filho pode morrer ! - Exclamei apavorada.
- Não, pois eu tenho a cura- Bill disse sorrindo de canto. - Só preciso de algumas ervas para fazer uma pomada, vou até a floresta busca-las, volto em uma hora. - Prometeu guardando as coisas na mochila.
Jey foi acompanha-lo até a porta, olhei para Neithan ele estava prestes a começar a chorar novamente.
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