Capítulo Sete

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PERGUNTAS CASUAIS SEM NENHUMA MALDADE.



Lucky tinha acabado de ligar o aquecedor da divisão devido ao frio extremo que se fez sentir de um dia para o outro. Estava ainda vestido embrulhada nos lençóis finos do nosso cenário, rangia os dentes e a minha vontade de me despir era pouca, até que Lucky teve a brilhante ideia de colocar o aquecedor quase do meu lado, deixando-me quente e aconchegada. Comecei a retirar as peças de roupa enquanto ouvia as instruções de Lucky, no fim depois de estar tudo pronto respirei fundo e tentei relaxar. As minhas costas estavam sobre o colchão barato e o lençol atravessava o meio das minhas pernas caindo antes de me cobrir o peito. Sempre para dar um ar natural. Apenas ouvia o carvão de Lucky a riscar a tela até que ele começou a murmurar a letra de why'd you only call me when youre high da banda Arctic Monkeys.


"Posso fazer uma pergunta Rose?" Lucky questiona.

"Sim." Respondo rápido.

"Existe alguma coisa entre ti e o Tyler?" O loiro pergunta, demasiado direto deixando-me perplexa.

"Porque?"

"Rose, sim ou não!"

"Não, claro que não." Digo defensiva.

"Sim claro." Responde quase como se estivesse a fazer torça de mim, como se lhe estivesse a contar a maior mentira da minha vida.

"É verdade Lucky, não existe nada entre mim e o Tyler." Digo séria olhando para ele que já olhava para mim fixo.

"Sabes Rose é complicado acreditar, quem vê a vossa cumplicidade pensa que existe algo mais." Ri.

"Isso é ridículo Lucky, sinceramente, nunca ninguém me disse nada assim." Digo tentando não subir o tom de voz. "O Tyler é como um irmão mais velho eu conheci-o através do Jacob o namorado da Claire." Explico brevemente, não lhe devia nenhuma explicação.

"Tu sabes Rose, como os jogadores de hockey são." Comenta frio.

"Sim Lucky sei, mas também devias de saber que não é por uma maçã estar podre que todas as outras vão apodrecer. O Tyler não é uma pessoa má, está muito longe disso. Se o conhecesses irias adorá-lo, ele faz tudo pelos seus. Então é normal que também o faça comigo, assim como ele dá tudo por mim eu também darei tudo por ele. É como um irmão para mim."

"Oh.. pois." Volta a falar no mesmo tom, rude e frio.

"E sabes Lucky, se eu e ele por acaso tivéssemos algo, nunca te iria dizer respeito para comentares." Esclareço.

"Não fiques chateada comigo Rose, eram apenas perguntas casuais sem nenhuma maldade."

"Precisas de escolher melhor as tuas perguntas." Digo enquanto o vejo levantar e caminhar até mim, encolho-me inconscientemente sobre mim.

"Tu tens medo de mim ou algo assim?" Questiona Lucky enquanto ajeita o lençol que agora parava na minha anca, ele subiu-o deixando-o como estava no inicio.

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