Capítulo Dez

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NÃO A DEIXES ESCAPAR.


LUCKY



Ainda confuso deixo a universidade. Nos últimos dias tudo aconteceu demasiado rápido principalmente com Rose. Querida e doce Rose. Ela era diferente, ela ria quando ninguém o fazia, ela chorava quando os outros riam. Ela era simplesmente apaixonante aos meus olhos, a minha obra de arte favorita. Mas Rose não era minha e nunca será. Rose nunca irá amar uma pessoa como eu. E o facto de morrer com o veneno dos lábios dela é agridoce. Lembro-me dela a medida que caminho pela rua agitada, Rose adora o fim da tarde e o cheiro da rua cheia de gente.


Assim que entro em casa vejo Bailey no balcão da cozinha cheio de papeis e uma calculadora que não parecia deste mundo. Coça a nuca e murmura um palavrão, quando me vê leva a mão ao peito e solta um gritinho.

"Que susto caralho." Diz alto. "Nem te ouvi a pousar a chave."

"Estavas demasiado concentrado." Respondo enquanto dispo o casaco e o coloco no sofá. Abro o frigorifico e retiro de lá uma cerveja bem gelada.

"Blue." Bailey chama e eu olho. "Tu estás todo despenteado e cheiras a perfume de gaja, o que andaste a fazer?" Ri.

"Oh." Digo corando.

"Foi com quem?" Inquire novamente arqueando uma sobrancelha.

"Com a Rose, de artes." Digo sorrindo, não como se ela fosse um troféu das minhas necessidades mas apenas por saber que poderei morrer com a noção de como são os lábios dela.

"Finalmente." Ri contente enquanto me obriga a fazer o nosso comprimento inventado por ele.

"Não vai resultar em nada." Digo. "A Rose não se vai apaixonar por alguém como eu." Baixo a cabeça bebendo de golada a cerveja.

"Se pensares assim não." Ri Bailey arrumando a papelada. "Liberta-te, para de ser frio ao lado dela. As miúdas não gostam disso hoje em dia. Pelo menos a Rose não gosta."

"Eu não sei quase nada dela, a não ser o desenho que a apanhei a acabar hoje antes de nos beijarmos." Relembro. Acho que foi a única coisa que a vi pintar triste.

"Questiona-a, faz questão de saber mais sobre ela. Começa com coisas pequenas Lucky, filmes favorito e convidá-la para ir vê-lo contigo, estilo de música, depois levá-la a um concerto da banda favorita."

"Bailey é por isso que ninguém te quer." Bufo afastando-me da cozinha. "Eu não a vou comprar com essas coisas, ela não é assim." Aviso atirando-me para o sofá enquanto Bailey me segue e se senta no chão do meu lado.

"Ela é uma rapariga não um cubo mágico para de dramatizar antes que alguém avance primeiro que tu. Porque dois beijos não a fazem tua."

"Eu acho que alguém já "avançou" antes de mim, muito antes." Digo.

"Quem?" Bailey questiona curioso.

"O Tyler."

"Provavelmente, eles são inseparáveis."

"Ele não sabe a sorte que tem. A sorte de a ver acordar e de cheirar o cabelo dela, de provavelmente a abraçar e senti-la nos seus braços. Eu só queria estar no lugar dele algumas vezes. Só de pensar que ele a pode magoar é como se me dessem um tiro nas costas."

"Hey Lucky, estás completamente fodido." Bailey risse enquanto se levanta, para ir buscar mais uma cerveja. "Isso já é amor de terceiro grau."

"Cala-te idiota." Reviro os olhos.

"Lucky eu nunca te vi assim, precisas mesmo de ir sair a noite." Ri.

"Eu preciso é que te cales Bailey, só me dizes merda. Olha eu a tomar notas de um coitado solteiro." Rio enquanto me levanto para ir pintar, precisava de relaxar.



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