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Saí do bar e pensei no que poderia fazer para ganhar dinheiro.

De um jeito honesto, afinal matar piratas é um saco.

Então me lembrei do que o senhor do bar havia dito sobre eu trabalhar lá.

Mas...

Eu já havia ganhado lá, não dava pra voltar e perder, não faria sentido.

Eu preciso de achar um outro bar e negociar de modo diferente, isso sim!

Então é só eu ir pra esquerda e... Espera... Esquerda? Ou direita? Minha direita? Norte? Quantos guaus ao sul?

Argh! Eu vou me perder desse jeito!

Foco, Myna! Foco!

Que eu me lembre, no mapa pregado na prefeitura, dizia que o caminho para o bar mais próximo era seguindo pelo leste, virando a direita, direita de novo e depois a esquerda.

Ou seria ao contrário?

Bem... O jeito é tentar.

GRAÇAS A DEUS!

Eu andei durante meia hora até encontrar esta merda de bar, mas encontrei!

Amém

Aleluia

Vai chover espada com lâmina invertida hoje!

Agradeci aos céus e entrei no bar.

— então, gracinha? — ouvi o barman sussurrar quando me aproximei do balcão. — vai querer leite, é?

Revirei os olhos. Esses machistas... Podiam todos queimar no fogo de Satanás.

— quero que você vá tomar no cu. — respondi. — mas antes, um copo da sua cerveja mais forte.

Os homens do bar ficaram todos em silêncio.

— tem a língua afiada... — o barman respondeu. — quero ver se vai continuar assim depois que eu cortar ela!

— ara ara ara! — ri. — que tal uma aposta?

O barman franziu o cenho, pensando.

— que tipo de aposta? — perguntou.

— uma competição pra ver quem tem mais imunidade a cerveja. — respondi. — eu contra qualquer um daqui.

— parece interessante... — ele respondeu. — quais os prêmios?

— quando eu ganhar, você vai me dar um emprego com salário de cem berries a hora, sendo oito horas. E mil adiantados, por favor. — eu sou dessas que tem sangue nos olhos mesmo.

— e se você perder?

— eu não vou perder. — falei. — mas, bem, pode escolher a minha punição.

— hehe... — ele riu. Me apressei em emendar:

— nada sexual, ou eu te mato e roubo o bar.

— tudo bem, docinho. — ele disse, tocando meu cabelo.

— que venha o primeiro! — chamei.

Um homem se levantou e se sentou à minha frente. Ele sorriu e disse:

— pronta pra ser esmagada, garota? — eu ri em resposta e peguei a caneca. Virei–a na boca e sorri. Era ainda mais fraca que a do anterior.

•••

Berries flutuantes, valiosos e cor de rosa
Venham para mim, pulando feito mola♪

Ahn? Você está aí? Oi, leitor.

Então, olha a novidade, eu ganhei.

— então, ninguém mais se candidata? — perguntei, logo depois que o último caiu com a cara no cu do amiguinho.

Yaoi!

Enfim, caham...

— merda! — o barman falou. — você ganhou.

— nota–se. — respondi, levemente tonta. — meu prêmio, por favor.

Ele me deu mil berries e ficou me olhando com cara de bunda. Mas logo um sorriso cresceu em seus lábios.

— pra que esse sorriso? — perguntei.

— você disse que ia trabalhar aqui... — ele falou mais pra ele mesmo do que para mim, mas beleza né... — mas não disse de que!

Lentamente minhas engrenagens mentais giraram e eu entendi o que ele quis dizer ( talvez, só talvez, o olhar dele que ia do cartaz de uma dançarina pra mim tenha me dado uma dica).

— ah, meu caro, não vem não que eu sou bem loka! — falei, deixando o copo no balcão e me virando pra sair.

— eu dobro o salário.

Parei e me virei para ele.

Levantei a sobrancelha.

Sorri.

— quando eu começo, chefia?

— agora. — ele disse. — vá até os camarins e peça para a Diurya te arrumar. Tenho que fazer cartazes para nossa nova atração.

— eu não danço bem...

Ele fechou a cara.

— então aprende, garota. — pra um barman barrigudo, a voz sombria que o cara fazia era ótima. — porque se eu não ouvir pelo menos cinco " aquela dançarina nova é a melhor " vou descontar no seu salário.

— pra quê agredir... — murmurei, indo para os camarins.

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⏰ Última atualização: Oct 28, 2016 ⏰

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Roronoa MynaOnde histórias criam vida. Descubra agora