Um caso de reciprocidade.

Mãe de Amy está na desconfiança?! - Capítulo 5

Amy sempre foi uma pessoa confusa em questão da sua sexualidade, mas depois de tudo que estava acontecendo ela não tinha mais nenhuma dúvida, e tinha a certeza de que Melanie era o seu grande amor.
O tempo passava e as duas só ficavam mais próximas, sempre saiam juntas e já não conseguiam mais ficar longe uma da outra. Então a mãe de Amy começou a desconfiar, diariamente perguntavam à filha sobre essa amizade, pois ela estava achando muito estranho essa aproximação toda.

- Filha, você sabe que pode confiar em mim. Se você virar lésbica, vou continuar te amando, você vai continuar sendo minha filha nada vai mudar entre a gente, mas você deveria me contar a verdade. - Disse Lucy, mãe de Amy.

- Não mãe, HAHAHA - Deu uma risada - Não virei lésbica, eu e Melanie somos apenas amigas. Nos aproximamos bastante sim, mas somos apenas amigas.

- Tem certeza sabe que pode me contar se precisar né?

- Sim mãe, não há nada entre nós.

Amy foi para seu quarto e começou a pensar em tudo que sua mãe havia dito. Mas sabia que no fundo ela iria ficar magoada em saber que a filha é lésbica, então resolveu apenas negar tudo.
Os dias foram se passando, e aquelas palavras não saiam de sua cabeça, se atormentava em saber que poderia deixar sua mãe triste.

Na mesma semana ia ter uma quermesse na igreja que frequentava. Resolveu então chamar Melanie para ir.

"Oi Mel, vamos na quermesse comigo hoje?" - mandou uma mensagem.

"Oi, vamos sim. Que horas?"

"19:30, pode ser?"

"Ok, combinado"

Chegou a noite. Melanie passou na casa de Amy e foram à quermesse. Conversaram, tiraram fotos, se divertiram. Foi uma noite muito agradável para ambas e na hora de ir embora Amy levou Mel até um morro, onde sua mãe não gostava que ela fosse. Mesmo assim a desobedeceu e foi.
Quando chegou a sua casa, sua mãe estava muito furiosa e começou a briga com ela.

Aonde você foi? A essa hora estava onde? Não falei pra você não subir pra lá que é perigoso? - Lucy falou.

Eu subi até ali em cima com a Mel, nem fui tão longe. - Disse Amy.

Foi até lá pra que? Ela não é sua namorada pra você ter que levar ela até lá ou é? - Perguntou

Amy ficou estressada com a mãe e respondeu:

- E se fosse? E se ela é a minha namorada? Qual o problema nisso?

Lucy começou a chorar desesperadamente, pois não esperava essa resposta da filha e em seguida gritou:

- Você é um lixo, você é suja.

Amy apenas ouviu aquelas palavras ditas por sua mãe olhou-a nos olhos se virou e foi em direção ao seu quarto e deitou-se. Ali ela pensou, chorou, se desesperou mas em seguida se confortou. Odiou a reação da mãe, mas compreendeu. Pois apesar de estar machucada, não fisicamente, mas psicologicamente por ouvir palavras tão rudes, sabia que sua mãe estava apenas em estado de choque, pois tudo aconteceu muito rápido.

No dia seguinte, Lucy resolveu contar o que estava acontecendo para Valter, pai de Amy. Furioso disse a Amy que estava proibida de se encontrar com Melanie. Sua mãe da sala dizia que iria tira-la da escola. E do quarto Amy chorava e exclamava.

- Vocês não podem fazer isso comigo, Não é justo isso. O que vai adiantar fazer isso tudo? - ainda chorando muito - O que a menina fez pra você proibir? Você não tem motivos pra isso. Por favor pai, não faça isso.

- Não precisa ter motivos, eu sou o seu pai.

Amy continuou chorando em seu quarto. Mandou mensagem desesperada para Melanie e disse que precisava se encontar com ela porque não tava mais aguentando ficar em sua casa.
No fim da tarde as duas se encontraram, Amy estava muito emocionada, triste e sem saber o que fazer.
Melanie a acolheu, deu alguns conselhos e a disse que ficaria ao seu lado em qualquer situação, disse que a amava e que elas iriam passar por tudo isso juntas e que jamais a iria largar.

No dia seguinte ela foi pro colégio. No almoço as duas, como de costume, se encontravam e iam para um corredor conversar. Amy estava com o estava emocional muito afetado e disse que talvez se conversasse com sua mãe tudo poderia se resolver. No fim do dia, Amy chegou em casa chamou sua mãe para ter uma conversa. Sentaram no sofá da sala e Amy começou falando:

- Mãe, você e meu pai estão proibindo eu e a Mel de nos encontrar sem motivos sabia? Não tem motivo algum para isso.

- Já conversei com seu pai, pode ficar tranquila que não vamos proibir nada. Mas me fala uma coisa, você gosta dessa menina? Você sente alguma coisa por ela?

- Não mãe.

- Eu estou vendo nos seus olhos que sim, sua cara já diz tudo Amy. Me fala a verdade, vamos abrir o jogo que tudo fica mais fácil. Você gosta ou não?

- Tabom, ja que você quer tanto saber, vou falar. Eu gosto dela sim. Só não quero que você me trate diferente por causa disso.

- Você vai continuar sendo minha filha, vou continuar te amando da mesma forma. Mas fico triste, queria te ver casada, fazendo uma faculdade, trabalhando e construindo uma família.

- Mas mãe vai ser da mesma forma, eu vou terminar meus estudos, vou fazer faculdade, vou casa, construir minha família. A única coisa que irá mudar nisso tudo é que eu gosto de uma garota.

Amy se levantou e abraçou sua mãe como se fosse a ver pela última vez, respirou fundo e a disse:

- Eu te amo tá?

- Eu te amo também - Respondeu Lucy.