mamã e papá

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Depois da longa conversa com o meu pai, na qual lhe mostrei todo o que havia para mostrar sobre a empresa, conduzi-o pelos corredores para que ele pudesse dar um oi a toda a gente.

É incrível como todos eles têm um respeito e uma admiração tão grande pelo meu pai. Ele foi mais que um chefe, foi um guia e um amigo. Como ele já me contou muitas vezes, grande parte dos nossos funcionários que agora se encontram com postos elevadíssimos começaram por baixo, a servir café, como secretários e até uma senhora que estava nas limpezas agora é responsável pelo sector de vendas. Meu pai melhorou a vida a muitos e é essa simpatia e essa vontade em ajudar que ele tem, que faz com que todos o adorem.

E já no fim do nosso passeio estranhei que a Madalena ainda não tivesse regressado do seu "mau estar". Preocupação subiu em mim.

Não entenda errado, não é por eu querer fuder com a Madalena que não me preocupo com ela, muito pelo contrário. Eu gosto da Madalena, não no sentido de gostar de amizade ou amor. Eu só gosto dela, é uma mulher legal que tem uma bunda do tamanho do Cristo rei e umas mamas que só Deus sabe a vontade que tenho de aperta-las. Então sim, fiquei preocupado.

Mal o meu pai foi embora foi até à casa-de-banho feminina, só uma cabine estava ocupada e ela estava lá. Bati a porta três vezes antes de ela me responder com um " 'Ta ocupada, porra!"

- Madalena, abre a porta. - pedi educadamente. Riu baixinho imaginando a carreta que ela deve estar a fazer. - Madalena! Eu tenho as chaves de todas as portas, por isso ou abres a porta a bem ou a mal.

É claro que não é verdade. Eu nunca ia andar com todas as chaves, eu nem tenho a chave da minha sala! Só interessa que ela acredite e abra essa porta logo, para poder ver a carinha satisfeita dela, aposto que já se está a tocar a horas.

Ouve-se um click da porta a ser destrancada e o meu coração bateu mais depressa. Dou um passo para trás quando ela finalmente saí. Os seus olhos estão vermelhos e inchados, ela esteve a chorar? É claro que sim idiota! Olha para as marcas da maquilhagem borratada, é óbvio que esteve a chorar, génio! O que é que lhe deu?

- O que é que aconteceu?- pergunto e tento por a minha mão no seu ombro, para faze-la olhar para mim, mas ela desvia-se rapidamente do meu toque como se eu estivesse com alguma doença contagiosa.

- Vai apanhar no cu, Leonard.

E simples assim tuda a pena que estava a sentir foi pelo ralo. Não há dúvida que ela é uma moça atrevida, mas eu trato dela. Nada que uma foda forte e umas palmadas naquele traseiro prefeito não resolva.

Eu garanto-vos que ainda vou tê-la a gemer debaixo de mim como uma gatinha domesticada.

- Olha como falas, posso muito bem despedir-te por justa causa. Não é nada bom ofender o chefe. - cruzo os braços sobre o peito e ela olha logo para os meus braços.

Eu sei querida, sou um maldito deus grego. Eu malho,muito, e isso junto com os meus lindos olhos azuis e a minha cara de arrasador de bocetas faz de mim simplesmente irresistível.

- E eu posso acusa-lo de assédio! Seu pervertido do caralho. - ela grita ficando com a cara vermelha de raiva. Ela é tão fofinha que mesmo quando se irrita assim da vontade de lhe apertar as bochechas e dar-lhe beijos no nariz. Mas vou controlar-me por que isso agora seria o mesmo que suicídio. Ela é fofa quando está brava mas não vou arriscar a levar um chute nas bolas.

É que a criatura fofinha que é a Madalena no ano passado deu um chute nas bolas a um tipo da administração que estava a dar em cima dela, ele ficou de cama uma semana por causa das dores. Claro que depois foi despedido porque naquela mulher só eu vou tocar.

- Não era suposto teres fugido e trancado numa sanita a chorar!

- Então querias o que? Que fosse ter contigo, que te pedisse para me fuder como estavas a fazer com aquela puta?

-Bem...era mais ou menos assim que pensei que fosse acontecer. Podes explicar por que estivestes a chorar?

- Não é da sua conta, chefinho.

Pronto, já está. Estou duro de novo. Desta vez não faço questão nenhuma de tentar esconder todo o meu desejo por ela.

- Tu és mesmo um tarado!- grita quando se apercebe do volume nas minhas calças.

- Eu sei. Mas concentra-te docinho, ainda quero saber o que aconteceu para te trancares a chorar.

- Não tem nada melhor para fazer, Mr.Grayson?

- Realmente tenho, por isso despacha-te a dizer o que tens. Foi ciúmes?

- O que? - ok, a cara dela era de puro choque. Ela realmente não estava com ciúmes. Estou desiludido, esperava um bocadinho que fosse de ciúmes da parte dela. - Claro que não, nunca vou ter ciúmes de uma vaca loira entupida de plástico!

- Não digo ciúmes dela, mas desde já concordo plenamente com a tua descrição. Ela está mesmo entupida de tanto plástico. - digo fazendo-a dar um pequeno risinho com a careta que faço. Ótimo, um ponto para o tipo engraçado! - O que eu quero saber era se tiveste ciúmes do que estava a fazer-lhe? Se por uma milésima de segundo tiveste vontade de ser tu lá e não ela?

- Eu...Eu não sei...

- O que é que sentiste, Madalena?

- Prazer, desejo, raiva, medo e mágoa.

O prazer e o desejo eu entendo perfeitamente, é normal que ela sinta. A raiva também entendo, principalmente quando se trata da Madalena, acho que ela passa o dia todo com raiva de tudo.

Mas os outros dois? Mágoa? Medo? De que? De mim? Eu nunca lhe faria nada de mal!

- Eu...desculpa-me Madalena. Eu não quis causar-te medo. Eu nunca te faria mal.

- Não! Eu não tive medo de ti, eu... é complicado.

Ela afastou-se de onde estava e foi até ao lavatório passar o rosto por água. Fez uma cara esquisita quando viu as marcas do rímel descer ainda mais e limpou-as de seguida. É incrível como ela nestas pequenas coisas consegue ser tão, ou mais, sexy do que muitas mulheres das revistas masculinas ( não me julgue, eu dou uma espreitadela sim em revista de macho, quem nunca?)

- É um tipo de trauma de infância. - disse tentando explicar.

- Quê, viste os vizinhos a fuder?!- digo tentando ser engraçado.

- Não, foi mais apanhar a minha mãe a trair o meu pai com o meu padrinho.

Merda! O meu sorriso foi-se e uma vontade enorme de acertar com a minha cabeça contra a parede toma conta de mim.

- Porra, eu...desculpa! Eu devia enfiar a cabeça da sanita e nunca mais a tirar de lá.

- Não foi nada, tu não sabias. - disse dando-me um sorriso lindo que durou míseros segundos antes de ela voltar a colocar a máscara de secretária chateada com a vida é dizer - Agora saia-me da frente, Mr.Grayson. Já acabou o meu expediente e você não me paga horas extra.

E saiu da casa de banho abanando aquela bunda magnífica. Deus, daí-me forças!

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