Capítulo dois.

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Quando entrei em casa, me dei conta que mau me lembrava de como era pois fazia tempo que não o visitava por conta de alguns problemas pessoais que mamãe passou nos últimos anos, não me deixando ter coragem de deixá-la sozinha para ir visitá-lo. Boa parte das coisas não eram mais como quando eu era pequena e estava tudo muito mais moderno apesar de meu pai não gostar muito dessas "modernizações". Me senti em casa outra vez.

- Espero que se sinta confortável no seu novo lar, Clair.- Disse ele colocando algumas bagagens minhas no chão do meu antigo quarto que agora seria usado novamente.

- Sei que vou, Pai. Sempre foi muito bom passar meus dias com o senhor, com certeza não será diferente dessa vez.

- Bom, vou deixar você arrumar suas coisas no lugar, estarei lá em baixo caso precise de algo.


Comecei a abrir minhas malas e desfazê-las colocando tudo em ordem dentro dos guarda-roupas. Por fim, algum tempo depois, minhas coisas estavam em seus devidos lugares e eu estava aliviada por completar o primeiro passo de toda a mudança que eu estava fazendo.

Mais tarde naquele dia meu pai foi com uns amigos ao jogo de hóquei e fiquei em casa, sozinha olhando alguns artigos no computador. Resolvi olhar o facebook de alguns amigos antigos da minha escola e acabei descobrindo algumas coisas sobre meu ex namorado, Peet e minha melhor amiga. TÍPICO.

Ele sempre foi um cara legal do qual eu não tinha muito o que me queixar levando em conta sua idade e a imaturidade que se costuma ter nessa época, mas, Érica, sempre foi de achar que a grama do vizinho era sempre mais verde

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Ele sempre foi um cara legal do qual eu não tinha muito o que me queixar levando em conta sua idade e a imaturidade que se costuma ter nessa época, mas, Érica, sempre foi de achar que a grama do vizinho era sempre mais verde. Mas algum tempo depois de terminarmos, Érica sempre me questionava inúmeras coisas relacionadas a Peet que até então nunca me fez estranhar de nada, mas agora, comigo fora da cidade, as fotos de uma festa na noite passada, me revelaram bem mais do que eu gostaria de saber. Me senti tão deixada de lado e duplamente traída que parei pra analisar tudo que passei até aqui e tudo que eu teria que conquistar novamente. Boas amizades nem sempre são fáceis de se achar.

Meu telefone toca. É minha mãe.

- Querida, como foi a viagem?

- Oi mãe, foi bem tranquilha, ainda bem. Deu tudo certo, já até arrumei todas minhas coisas.

- Fico feliz em saber que tudo saiu bem, estou com saudades.

- Eu também, mãe. Mas logo nos veremos, irei te visitar no verão, como planejamos, lembra?

- É claro, querida. Mal posso esperar. Te vejo em breve. Sabe que qualquer coisa, você pode me ligar não é?

- Sei sim.

- Então está bem. Até logo.

- Até logo.

Desliguei, ainda pensando sobre as fotos que eu tinha acabado de ver. Estava tão cansada mas não queria perder meu tempo dormindo ao invés de viver o verdadeiro propósito que tinha me levado até o Colorado. Abri o laptop e pesquisei festas por perto. Era 21h, estava cedo pra uma festa ter acabado de começar, então eu teria bastante tempo.

Abri o google e digitei "pubs em Denver" e acabei achando vários bares e casas de shows que seriam cede de festas nas próximas horas. Achei um site titulado como "vida noturna em Denver" um lugar chamado Bender's Tavern. Segundo o site, é uma casa de shows. Me arrumei e resolvi ir até lá.

Antes de sair, me preocupei em deixar um recado na geladeira.

Pai, fui ao Bender's Tavern. Espero que não se importe. Não me espere acordado, caso precise falar comigo estarei com meu celular. Com amor, Clair.


**

O lugar era muito legal a primeira vista. Entrei e me sentei no balcão de bebidas onde tinha muitas pessoas a espera de fazer seu pedido. Estava escuro com holofotes nos palcos e luzes que do palco, corriam por todo o lugar iluminando hora um lado, hora outro. A banda que tocava era cover dos anos 90, o que me chamou muito atenção. Enquanto minha vez de pedir não chegava, observei o lugar e os integrantes da banda no palco.

- O que vai querer, moça?- disse o garçom interrompendo minha avaliação do lugar.

- Um cerveja, obrigada.

Ao pegar minha bebida, sai do balcão e comecei a andar pelo lugar afim de encontrar pessoas com quem pudesse fazer amizades naquela noite.

Do outro lado, em meio a algumas pessoas, conversando com um grupo de garotos, estava o guarda do aeroporto. Fiquei surpresa em encontrá-lo ali. Coincidência enorme em ver a única pessoa com quem troquei algumas palavras em Denver sem ser meu pai, ali no mesmo lugar que eu. Enquanto eu analisava ele de longe para ter certeza se era ele mesmo, ele virou em minha direção. Achei que tinha me visto, mas me virei para que disfarçar. Ele passou atrás mim no meio de algumas pessoas sem me olhar. E fiquei grata por ele não ter me visto. Eu pareceria louca o observando no meio daquele lugar.

- Oi...Clair, não é?

Me virei e ele estava segurando uma cerveja, olhando nos meus olhos.

----------------------------------continua, no próximo capítulo--------------------------

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