21° capítulo

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Pov  Isabella

Entrei naquele quarto, enquanto papai ficava do lado de fora.

Já tinha meus olhos lacrimejados, entrar eu não queria, mais painho disse que eu precisava.

Imagino até o que possa ser, e espero do fundo do meu coração que não. Mas, sempre que espero algo, estou errada.

A sorte deve nem querer passar ao meu lado. Acho que naquelas vezes em que eu me atrevia a passar por debaixo da escada por achar uma besteira, onde eu pegaria 7 anos de azar, ou aquelas mensagens nas redes sociais, estão fazendo efeito agora.

Bem, eu empurrei a porta devagar e assim pude ver o que esperava. Mamãe estava deitada, cheia de fios conectados à ela, podia ver sua barriga subir e descer na sincronia de sua respiração. Estava usando uma touca vermelha com pequenos desenhos de flores ao redor da borda, criei coragem e então falei.

--Mãe?

Virou-se assustada, mas logo depois sorriu.

--Olá, querida - Falou um pouco roca - como está sendo lá no acampamento?
--Está tudo bem, - Penso nas meninas, e nos amigos que fiz, até o Louis tá incluso - eu acho. Mas, e a senhora mãe?

Me aproximo dela e sento na cadeira ao lado da sua cama.

--Querida, sabe que não posso evitar, parece crescer a cada dia, e...

--Para, - Interrompo - como é que ficamos, eu ou a Álice e a Sofia...

--Eu não posso mudar isso, querida. Estou lutando contra. É tudo o que posso fazer.

--Me trouxe aqui só para anunciar sua morte? Nossa, quanta gentileza, estou agradecida.

Em um ato rápido me levanto e vou parar perto da parede. Não contive minhas lágrimas, elas caíram lentamente, como se aquele momento estivesse passando bem devagar.

E era o que estava acontecendo.

--Você está sendo egoísta - Falo me virando pra ela - aonde o papai entra nessa história? - Ao mencionar o Diego, vi que escorreu suas lágrimas - se o ama tanto, porque está o deixando? A cada dia, a cada noite. É como se fossem um só, ele está péssimo, mãe. Acho que não entende o que está acontecendo. Mas eu sim. Mãe, você não vai deixar todos pra trás! Eu não vou permitir isso eu n... - Paro de falar no momento em que vejo ela retirando sua toca.

E assim, não pude encontrar mais seu cabelo, seu cabelo liso e ondulado nas pontas, totalmente castanhos-claros com o seu brilho intenso.

-- Euu... Eu... - Mamãe diz enxugando suas lágrimas - só queria que soubesse que... Te amo, filha!

Chorei mais ainda. Eu sabia que a única coisa que deve levar toda essa culpa era a doença.

-- Não! Não posso deixar que isso aconteça.

Então, sai do quarto, passo a mão nos meus olhos para enxugar minhas lágrimas, me esbarrei em papai, quase ia atrás de mim, quando apenas escutei uma voz feminina - que não era da minha mãe - dizendo "Ela precisa de tempo. E de espaço."

A única coisa que eu preciso é que essa doença vá embora e pare de estragar as nossas vidas. Mais do que eu já estraguei.

Puxo meu celular do bolso e vejo várias chamadas perdidas, apenas ignorei e voltei a colocá-lo no bolso. O céu já estava escuro, assim eu percebo que já fiquei muito tempo aqui, preciso/quero ir em bora.

Vou ao banheiro e me tranco em um dos cubículos que tinha ali, fecho a tampa - que estava aberta, e em ótimas condições, na verdade, o banheiro todo estava - e sento. Sinto meu celular vibra, puxo ele e era o número desconhecido, - que legal, agora alguém quer me rastrear ou pegar os meus dados, nada interessante e nada que não possa ser visto, apenas pelo motivo de ser MEU é confidencial, ninguém meche nas minhas coisas (sim, eu tenho uma imaginação muito fértil. Mas, é o que eu sempre penso quando alguém desconhecido liga) - pensei 2 vezes antes, mas acabei atendendo, tentando parar de tanto chorar.

Ligação on

X.: .......

É Bianca, expiro, e então digo.

B.: Bia, você pode vim aqui, por favor?

Bi.: Ir aí? Onde está?

Meu choro se intensifica.

B.: No banheiro do hospital...

Bi.: O QUE? HOSPITAL? Tô indo. Mas, perai, eu não tenho carro aqui, como posso ir aí sem um carro ou moto?!

Levo um susto com seu grito, e digo.

B.: Vem de táxi, sei lá, usa as pernas... Deixa vai demorar muito, eu me viro.

Eu não sei como voltaria ao acampamento, mas, com meu pai não será. Não estou afim de discutir novamente.

Bi.: Bella, relaxa, tô indo aí.

Suspiro e dou graças a Deus.

Ligação off

Assim saio do banheiro com a cabeça baixa, evito passar pelo quarto da mamãe. Chego na frente do hospital e sento no batente da calçada a esperando.

[…]

Vejo um carro vermelho parar em minha frente, levanto e digo.

-- Porque tanto a demora?

Vejo o vidro abaixar, e então fico surpresa. O que eles estavam fazendo aqui?

-- Um "Oi Louis, que legal que você gastou seu tempo PRECIOSO para vim aqui, somente me buscar!" estava ótimo!

--Vai se ferrar!

A porta do passageiro abriu, vi Bianca descer e me abraçar, ela falou.

--Você está bem?

Tento um sorriso falso, mas desmancho.

Entro primeiro e sento ao lado de Zayn, que da suas calorosas boas vindas "olá, gatinha", mas simplesmente o ignoro, sento e amarro o cinto, Bia senta ao meu lado, Louis dirige e Harry está ao seu lado.

Quando o carro começa a andar, mando uma mensagem pro meu pai.

"Já estou a caminho do acampamento, não se preocupe comigo, eu estou bem. Te amo.
Bj, sua filha linda."

Depois de algum tempinho, os meninos começam a fazer algum barulho, assim dizendo ser música.

Harry, batia no vidro. Zayn, fazia beatboz e Louis, batia sua mão no volante enquanto dirigia.

Puxo Bia e falo ao seu ouvido.

--Tinha que trazer o manicômio, com você?

Ela então solta uma risadinha. Vejo Louis abrir um sorriso de lado.

Minha reação foi, apenas, bufar.

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Queridos e queridas, mil perdões, não estou conseguindo postar nos dias corretos, sei que tô demorando demais.

Então, pensei em fazer assim, como não consigo postar nos dias corretos, vou postar em dias aleatórios, tudo bem?

Sorry, mesmo :(

Camp making Stars (L.T.)Onde histórias criam vida. Descubra agora