Cap.1

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Raiva! Era tudo que eu sentia no momento, acabo de discutir novamente com minha namorada, pra variar. Pego minha bicicleta e saio de casa indo até um lugar tão conhecido, era uma parte um pouco afastada da civilização, tinha várias árvores, plantas e uma espécie de lago. Sento encostada em uma árvore velha sem me preocupar em me sujar,de ter algum bicho ali, ou qualquer frescura do tipo. A propósito, meu nome é Amber tenho 18 anos e sim, sou lésbica, o nome da minha namorada é Lauren e moramos juntas a alguns meses. Namoramos a mais de 3 anos, e enfrentamos muitas coisas juntas, a rejeição de nossos pais, o preconceito, tudo e estamos juntas até hoje. Mas estamos brigando cada vez mais com o passar do tempo, está quase insuportável ficar em casa. Arrumo uma posição melhor para "pensar na vida", mas sinto algo em baixo de mim. Me levanto e vejo algo liso, tiro a terra da frente e vejo uma caixa, a retiro para ver melhor. Ela era uma caixa normal, lisa, sem fechaduras, cadeados ou coisas do tipo, ela era de uma madeira clara. Lá dentro havia um diário, com a capa toda preta, as folhas estão um pouco desgastadas, mas ainda legíveis e inteiras, preenchidas com uma bela letra cursiva em várias cores de canetas. Me arrumo e começo a ler.
"15/02
Querido diário... É assim que começam certo? Vou mudar isso um pouco.
Não querido diário, meu nome é Sky, tenho 17 anos, tipo sanguíneo O+, odeio esportes... Não sei o que falar, na verdade eu nem queria você, mas minha psicologa e minha tia me obrigaram. Devo falar da minha vida? Então, moro com minha tia,devido a morte dos meus pais, eles morreram quando eu tinha 12 anos, ainda lembro deles e sinto cada dia mais falta dos dois. Talvez estejam pensando que é um pesadelo morar aqui e tudo mais, mas não é, na verdade é até legal. Mas mesmo depois de 5 anos ainda não consegui superar, minha tia é legal, se preocupa comigo e tudo mais. Mas não é o mesmo. Também não tenho amigos na escola, simplesmente não consigo falar com as pessoas, e me sinto um fardo na vida de todos com quem convivo. Os únicos amigos que tenho são o Nathanael e a Anny, e isso não é algo triste, prefiro mil vezes ter apenas os dois do que milhares de falsos perto de mim..."
Me senti bastante intrometida lendo aquilo, mas ao passar cada página me sentia ainda mais curiosa sobre oque iria acontecer.

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