As dores...

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O pior que todos faziam perguntas e ela não sabia o que responder, como responder, o seu pai achava que ela estava bem, pois ele não presente na vida de sua filha... Se passaram 4 meses e o seu corpo estava todo cheio de cortes...  O que ela mais temia aconteceu, descobriram os seus cortes,seus pais não falavam com ela,agiam estranhos, como se ela fosse um tipo de nada ,mas só agiam assim para repreende-la pelo o que fez com o seu corpo, ela esperou o ano todo para que em sua formatura ela não estivesse com os pulsos cortados,mas não adiantou muito, eles estavam cortados.
Na sua formatura, estava com pulseiras, para esconder os cortes e as perguntas, pela sorte dela ninguém viu nem mesmo o seu padrinho...
Hoje em dia a história dela,mudou um pouco...  um pouco...
Hoje ela evita ao máximo falar sobre cortes, mas suas marcas no calor parecem se abrir e ela se sente tão mal com isso,julgada por todo mundo, mal compreendida pelos que estão ao seu redor, e  encarada com olhares de desprezo e mágoa, que nunca  irão perdoa-la.
Ao sair na rua com blusa de frio, no calor de 39°C, Alice se sente mal,mas sabia que não poderia tirar a blusa. Todas as garotas de camisetas,  de shorts  curto, vestido e sandálias e ela, estava de calça preta, blusa de frio e boné, seu amigo Diego perguntou se ela tinha se cortado e lá se vão as lágrimas e soluços , e acenando com a cabeça dizendo que sim.
Ele à  abraça forte e diz:
-Meu bem, tudo vai passar!
Mas ela sabe que ele só disse isso, porque não tinha melhores palavras de conforto para dizer, porque dessa vez os cortes eram fundos demais.
-Não precisa dizer nada,apenas me abrace Dih,por favor! -diz "Ali" a Dih.

Anjos VercedoresOnde histórias criam vida. Descubra agora