Capítulo 4 Victor Bianco

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Capítulo 4

Victor Oliveira Bianco

Duas semanas depois

Como vem acontecendo ultimamente, tenho chegado bem cedo à empresa, quase junto com minha secretária.

O telefone da minha sala toca.

- Sim senhorita Apolinário?

- Senhor Bianco a seguradora está na linha três, estão perguntando onde devem entregar a moto? - Como assim, não entregaram ainda não?

- Pode passar a ligação senhorita Apolinário.

- Sim senhor.

Atendo a ligação.

- Bom dia senhor Bianco, meu nome é Pauline, e o motivo do meu contato é para informar que a moto está pronta. - Responde ela.

- Bom dia! Quanta demora, hein? - Já falo meio ríspido, meu carro ficou pronto em cinco dias e já achei muito o tempo.

- Perdão senhor, infelizmente uma peça estava em falta, por isso a demora.

- Entendi, vou passar o número do meu motorista e ele se encarrega desta questão. - Passei o telefone de Erick.

- Obrigada, tenha um bom dia e mais uma vez, desculpe-nos pela demora.

- Passar bem Senhorita. - Desligo em seguida.

Já havia me esquecido deste episódio, mas também com a aproximação do casamento, não ando com tempo para muita coisa não.

Lembrar-me da Evelyn, dá até um calafrio gostoso. Ela faz me sentir como nunca senti antes. O que é que estou pensando? Vou me casar em breve, e abomino traição. Posso até não amar a Aline, mas sinto um enorme carinho por ela. Sei que vamos nos fazer felizes.

Amor verdadeiro é o que meus avós sentiam um pelo outro. Viveram juntos por mais de setenta e cinco anos. Ela morreu aos noventa anos e ele aos noventa e cinco, dois anos após ela. O amor que sentiam um pelo outro era tão grande que ele não conseguiu seguir a vida sem ela por perto, e se entregou a morte.

Ainda não consigo entender, mas aquela mulher tem algo diferente.

Prossigo com meu trabalho, até que batem à porta.

- Entre. - respondo sem perguntar quem é, provavelmente é minha secretária avisando que está indo almoçar.

- Só assim mesmo para eu conseguir almoçar com meu melhor amigo e que estará solteiro por pouquíssimo tempo. - Entra meu mais que amigo e irmão Gustavo Ramos, em minha sala, com um sorriso enorme na cara.

-A quem devo a honra de sua ilustre presença meu camarada. -Apesar de termos estudado juntos, eu me formei em Administração Financeira e ele em marketing.

Ele se me cumprimenta com um abraço e senta se na cadeira em frente a minha. Sinto um cheiro de um perfume adocicado, cheiro este que já senti antes, e comento.

- Hummmm, está pegando alguém que eu sei! E ela usa o mesmo perfume que minha noiva.

Ele se desconcerta um pouco, e sorri.

- É, ia mesmo te contar. Conheci uma ruiva de parar o trânsito, e me dei uma folguinha hoje pela manha para me encontrar com ela.

- Sabia que você não ia demorar muito a arrumar um rabo de sai também.

- Também não é para tanto Victinho, eu estou pegando, mas não me apegando. – Rimos muito.Este meu amigo é um sem jeito mesmo.

-Mas, voltando ao assunto - Fala Gustavo -Passei por aqui para almoçarmos juntos. O que acha?

Meu lugar é ao seu lado #DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora