1° dia-Chris
-Quem é?- perguntou Liam, meu irmão.
-Uma garota daqui.
-Nunca vi ela por aqui.
-Eu também não.
-Deixou ela ficar?- ele perguntou me entregando a prancha que havia deixado com ele.
-Por cinco dias.
-Você sabe que Christina acomodará a garota em nossa casa não é?
Apenas balancei a cabeça.
-Você vai deixar?
Aquela garota me desafiou. Pegou em meu braço e me fez mudar de ideia, nunca ninguém me fez mudar de ideia. Ela era diferente, talvez eu não estou acostumado com isso.
-Vamos ver se ela é forte o bastante para me suportar.- eu disse abrindo um sorriso malicioso.
Sai dali, fui para o quiosque da minha irmã; ela estava atendendo algumas pessoas.
-Cadê a garota?- perguntei parecendo não me importar sentando em um dos banquinhos.
-O nome dela é Amy, Chris.- ela pegou uma cerveja e colocou em cima do balcão.- Ela está em casa.
-Você deixou uma desconhecida na nossa casa sozinha?- peguei a cerveja e dei um gole.
-Ela não vai roubar nada, não teria coragem.
-Você nem a conhece, as vezes está enganando a todos aqui, primeiro querendo fazer amizades pra depois dá o bote.
-Cala a boca Chris, que bote? E outra se ela fizer isso eu sei que você vai atrás, sempre faz isso mesmo.
-É isso é verdade.- peguei a cerveja e levantei do banco.- De qualquer jeito vou dar uma checada.
-Olha lá o que vai fazer.- ela disse limpando o balcão com uma flanela.
Fui até minha casa que era praticamente ao lado do quiosque de Christina. Abri a porta e entrei, deixei minha prancha no quintal e entrei para a casa.
Amy estava de costas sentada no sofá. Fingi não vê-la mexi na chave para chamar a atenção, depois me virei de costas.
-É....posso tomar banho?- ela perguntou ao perceber que eu estava ali.
-Acho que você não tem mais cinco anos para perguntar se pode ou não tomar banho.- coloquei a cerveja na mesa e abri a geladeira.
-É eu realmente não tenho mais cinco anos, mas a casa é sua e não minha.
-O banheiro está lá em cima, faz o que quiser, apenas não entre na última porta.
-Tá.- ela respondeu e subiu as escadas.
Deitei no sofá e liguei a tevê. Depois de alguns minutos escutei a pressão da água despencar no piso. O banheiro da minha casa ficava logo acima da sala, então eu podia escutar qualquer barulho que vinha de lá. Me concentrei no filme e depois de poucos minutos a água para de cair.
Ela demorou um pouco para descer, decidi subir para ver o que estava acontecendo. Abri a primeira porta-quarto de Christina- não tinha ninguém. A segunda porta é o banheiro e também não tinha ninguém, A terceira porta- quarto de Liam- estava aberta, e nada de Amy. Restava apenas dois quartos o penúltimo, que era o quarto de hóspedes onde Amy ficaria e o último meu quarto que eu não gostava que ninguém entrasse nele, e era exatamente onde Amy estava.
-Eu falei pra você não entrar aqui!- exclamei.
-Eu-eu me confundi, me desculpe.
-Sai daqui garota, agora!
Ela saiu sem dizer nada. Não tinha nada pra esconder em meu quarto, apenas não gostava que ninguém entrasse lá.
Depois de trancar o meu quarto, desci e não olhei para Amy, estava saindo quando Amy me parou.
-Eu preciso de roupas.- ela falou, então olhei para ela. Estava com um shorts e uma regata e de tênis, ela precisava mesmo de roupas e sapatos também.- Não pensei em trazer roupas, mas trouxe dinheiro se você me disser onde fica alguma loja eu poderei ir até lá.
-A única loja que tem aqui fica no centro de Sidney, o restante são só barraquinhas que vendem biquinis e cangas.
-É muito longe daqui?
-Muito.
Ela abaixou a cabeça.
-Eu te levo lá.- eu não acredito que eu estava fazendo vontades de uma garota.
-Jura?
-Vai pegar logo o dinheiro.
Ela subiu as escadas correndo e em instantes desceu com uma bolsa de lado preta pendurada no ombro esquerdo.
-Pronto.- ela disse.
-Vamos.- abri a porta e passei.
-Você não é nada cavalheiro.- ela disse pois eu não tinha deixado ela passar primeiro.
-Eu sei disso.
Caminhamos até a estrada e foi lá que peguei minha moto.

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Mar de Amor
RomantikMeu nome é Amy Adams, sou filha de um executivo rigoroso e exigente. Apesar de ter tudo o que desejo não sou feliz aonde vivo, sempre rodeada de seguranças e pessoas chatas e inseguras ao meu lado. Não me acostumei ainda apesar de já ter vinte e trê...