23. Fault

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P.O.V Lauren Jauregui

Empurrei as duas portas vai-e-vem recebendo repreensões de médicos e das recepcionistas daquela ala.

Meus olhos queimavam e minha vista estava embaçada pelas lágrimas, uma raiva e uma culpa me consumiam internamente.

Arrumava algumas coisas dentro daquela mala preta espaçosa quando meu celular vibrou e não parou até que eu deslizasse o botão verde, aceitando a chamada de Dinah.

— Hey, super Bitch.

— O que conta, Harley Fucker?

— Hoje a noite preciso de uma mãozinha.

— Eu tenho compromissos, não pode adiar?

— Não, tem que ser hoje, estou a um passo de descobrir uma coisa que vai nos ajudar.

— Eu também, só não posso falar por telefone.

— Nem eu, nos vemos amanhã então, girl.

— Até amanhã, DJ.

Era tudo minha culpa.

Vim assim que Harry me mandou uma mensagem, e quando entrei daquele modo, todos olharam em minha direção, principalmente meus amigos.

— Lauren — Camila disse assim que me viu e andou apressada até mim, saindo de perto das cadeiras de espera, onde Normani, Harry e Louis estavam sentados e aparentemente abalados.

— Cadê a Dinah? — Perguntei visivelmente alterada.

— Lauren, não complique as coisas — Camila pediu e em seguida mordeu seu lábio, parecia estar segurando suas lágrimas.

— Não complicar? Minha melhor amiga está morta, Camila! MORTA! — Gritei internamente quebrada, descontando em minha namorada.

— Lauren — Chris tocou meu ombro e eu segurei o mesmo jogando seu corpo contra o chão.

— LAUREN! — Camila gritou de modo agudo e surpreso.

Meus amigos se levantaram olhando a cena sem saber o que fazer.

— Ninguém me encosta — Falei alto e em bom som, comecei a andar na direção da grande porta com os dizeres necrotério.

Todos médicos abriam espaço para mim, enfermeiros faziam o mesmo com suas caras de assustados, no fundo daquele extenso corredor estava para onde iriam todos os corpos depois de seus exames, cada passo tudo parecia mais vazio, assim como eu estava por dentro.

Eu estava quase chegando quando minha expressão dura e raivosa foi se esvaindo, tendo meu cenho franzido, uma expressão triste e de choro.

Caí de joelhos em frente daquela porta enorme e apoiei minhas mãos no chão deixando meu rosto baixo com o cabelo ao redor dele enquanto eu soluçava chorando sentindo cada dor vir junto com as lagrimas.

Mas a dor nao ia embora com elas.

(...)

Harry e Louis foram atrás de mim depois do incidente e me tiraram daquele corredor frio e doloroso, me impediram de ver pela última vez seu rosto, poderia apostar que ela estava sorrindo.

Ela sempre disse que se seus inimigos a matassem, ela morreria sorrindo em deboche.

Estava sentada na sala de espera, aguardando como todos os papéis e a liberação do corpo, mas na verdade ainda tínhamos esperanças no encanto de Normani, assim como o legista especial contratado pela SHIELD, mas ele pediu que não estivéssemos convictos nisso, afinal já faziam doze horas.

Super Girl ;; lj + ccOnde histórias criam vida. Descubra agora