Prólogo

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Os seis homens estavam galopando para adentrar a cidade de Ernic, a capital do país. O galope de seus cavalos que mais pareciam demônios por causa de sua pelugem preta e olhos avermelhados. Em cima os homens cavalgavam vestidos com armaduras negras com o símbolo dos ''cavaleiros sem rumo'' no peito. Eles eram um grupo, ou melhor um clã, composto por 50 homens. Não poderia ser qualquer homem, pois para se tornar um membro desse clã, você teria que passar pelos seus inúmeros testes.

Todos os homens que entraram nele estavam com feridas provocadas pelos testes torturantes. Esse grupo foi fundado por três irmãos inicialmente o objetivo era proteger a sociedade dos maus humanos, objetivo que ainda segue com algumas modificações. Pois o irmão mais velho viu uma oportunidade de ganhar moedas, então começou a cobrar, portanto pouco dinheiro para não abusar da sociedade. Os outros irmãos não gostaram dessa ideia pois o propósito era ajudar sem cobrar. Mas aceitaram relutantes.

Um dia o irmão mais novo e o do meio, que odiavam a ideia do mais velho decidiram que não queria continuar com aquele esquema e após uma discussão verbal, Dernix (o irmão mais velho) conseguiu mostrar a necessidade do dinheiro que financiaria o clã, depois de algumas semanas o seu irmão mais novo morreu empalado por uma lança, o acaso fez com que o do meio abandonasse o clã deixando-o com Dernix.

Depois de um ano, Dernix começou a cobrar somente do governo, criando uma espécie de acordo, que foi um sucesso. Com apoio do rei criou uma escola militar para expandir o número de participantes do clã. Portanto Dernix não era ganancioso por moedas.

O rei viu uma oportunidade de criar um atrativo para cidadãos e futuros turistas, e isso iria render dinheiro. A ideia era criar uma espécie de arena, colocando todos os capturados que os cavaleiros sem rumo conseguiram em uma semana (ou seja a expedição seria semanal, precisamente no sábado à tarde) dento de uma arena, todos teriam que lutar contra monstros e combaterem entre sí. Atualmente a escola militar está sendo muito rígida para só passarem os mais habilidosos, e a arena é conhecida por todo país.

Os seis cavaleiros agora estão a adentrar a cidade, cada um com um ladrão atrás de seus cavalos diabólicos, e um deles era Sedim. Um detalhe crucial era que se alguém sobrevivesse a arena, ou seja, das criaturas e dos outros prisioneiros, todos seus crimes seriam perdoados até aquele dia.

Prisão de Ernic, 3 horas da tarde.

A cela estava imunda com um cheiro insuportável no ar. A cama beliche (ocupada agora apenas por Sedim) estava toda mofada e desgastada por conta do tempo e da higiene do local. Na parede vários riscos feitos com pedras e desenhos com frases construtivas ou aleatórias. Sedim estava dormindo, pois não havia nada que se possa fazer em uma prisão. Os cavaleiros sem rumo o capturaram com 3 moedas de ouro que não lhes pertenciam. Agora estava deitado no travesseiro que mais parecia um tijolo e com as roupas da prisão (uma bermuda e uma camisa de algodão).

Então quando estava quase a dormir, ele ouviu um barulho de um tintilar de sua grade da cela, e logo após uma voz falou:

- Acorde logo, número dois! - e logo depois o cavaleiro sem rumo acrescentou com um sorriso irônico: o público está a espera!

- Não vou participar desse jogo idiota! - Sedim afirmou entendendo do que se tratava.

O homem a sua frente era forte, ombros largos e estava com uma lança diferentes das normais posicionada na mão direita. Na esquerda, uma corrente especial dos cavaleiros, ela era de aço e em uma das pontas tinha uma superfície de couro para o cavaleiro segurar, na outra ponta uma máscara metálica com uma grade dividida em quatro, posicionado na boca e uma lâmina embaixo feita para se o aprisionado tentasse correr a lâmina perfurava o pescoço dele.

Cada membro dos cavaleiros sem rumo tinham sua própria armadura e arma, pois na cerimônia de nomeação poderiam escolher o estilo da armadura e o da arma que também poderia escolher seu tipo. Então um ferreiro contratado fazia a armadura negra junto com o símbolo dos cavaleiros posicionado no peito e geralmente fazia um capacete a escolha do recém-nomeado, faziam isso pois após 4 anos sofrendo na escola de guerra, por conta disso seus corpos e seus rostos ficavam com cicatrizes, então gostavam de esconder seus rostos para que ninguém ás veja.

Logo depois que Sedim terminou de falar, o cavaleiro jogou a lança e a corrente no chão e com sua mão esquerda o pegou pelo colarinho, posicionou a direita perto de seu estômago, e falou:

- Você não decide nada, e não pode insultar-me ladrãozinho - então deu um soco forte com sua mão pesada na região estomacal de Sedim, com ele atordoado o cavaleiro pegou a lança e colocou a máscara da corrente nele.

Após saírem da prisão, o cavaleiro o levou a arena. No caminho onde passará, os cidadãos aplaudiam e o cavaleiro acenava. Ninguém tinha medo deles pois os cidadãos sabiam que era apenas para assustar os bandidos. Isso era verdade.

Depois de andarem por 15 minutos em pleno verão, finalmente chegaram à arena. O show iria começar.

Cavaleiros Sem RumoOnde histórias criam vida. Descubra agora