Que o raio me parta! Essa chuva!
Que cai carriciando te sem vergonha
do cabelo a ultima unha,
como se conta-se a minha raiva.
Que safada essa sua toalha,
lentamente não perde a oportunidade
e escorrega em teu corpo, como se quisesse apenas humidade
fezendo da minha cabeça uma fornalha.
Que espertinho o silêncioso vento
rico em segredo!
Sonsura no teu ouvido
esmagando o meu sentimento.
Mas não me chame ciumento,
pois no meu prato
como apenas eu.
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Coração de Vidro
PoesíaMeu coração tem todos os motivos para odiar a minha lingua, que se pudesse bateria lhe, mas a caneta é o seu porto seguro tanto que em cada verso retrata cada caco de vidro que lhe restou...não sei falar e aprendi a escrever na sombra da solidão...