Cenoura, Magoado, Obrigado

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Depois de um dialogo longo que Liam supôs ser um começo de discussão, Louis ficou revoltado com minha falta de "cara de pau" vulgo ele, por me intrometer na conversa alheia, o que fez ele se levantar, colocar a mão esquerda na cintura, bater o pé no chão e gritar:  

- CENOURAAAAAS. 

Minha cara de completa confusão fez os meninos soltarem leves risadas, chamando por fim a atenção do loiro oxigenado.  

- O que aconteceu? - Perguntou ele mais confuso do que eu. Zayn apenas sussurrou um "Nada não Niall". 

O loirinho saiu a francesa - como diria minha mãe - da sala, mas meus olhos astutos pode perceber sua movimentação, o abrir da porta e seu sair. Não pude deixar de nota-lo e minha curiosidade que consumiu ate meu esôfago me fez retirar minha pequena bunda do sofá - no qual deixou um buraco profundo - e ir atrás daquele ser. 

Sua postura encostada no corrimão da varanda, braços eretos, olhar serio. Notou minha presença minutos após, olhando-me o encarar suavemente. Não se atreveu a dar nem meio sorriso, apenas olhar-me dos pés a cabeça e abaixar ainda mais seu olhar deprimido.  

- Esta tudo bem? - Perguntei colocando-me ao seu lado e admirando a vista urbana a minha frente. Afirmou com a cabeça pouco convincente. - Se é por causa do que a Ally falou... - Ele me interrompeu mais rápido do que meu raciocínio era capaz de formar o resto da frase. 

- Não tem nada a ver com isso. -  Soltou em tom baixo.  

- Então tem alguma coisa! - Constatei e ele bufou revirando os olhos. 

- Porque quer saber? Não acha que eu sou um tarado, imbecil e mentiroso igual sua amiguinha? - Indagou ele sereno, magoado diria.  

- Eu sabia que você estava chateado por causa disto! - Afirmei vitoriosa soltando minha dancinha de sabichona.  Mas logo percebi que não era o momento certo para comemorar, ele deu as costas para mim e ia sair do cômodo, mas o impedi continuando a frase. - Ela não acha isto de você. - Ele se recompôs ao meu lado e me encarou desacreditado. 

- Eu ouvi o que ela disse, ela acha que eu sou um tarado, imbecil e mentiroso. Não negue. - Falou desviando seu olhar para a movimentação dos carros. 

- Tá bom, não vou negar. - Suspirei e ele apoiou seus braços na varanda, retirando-os de seus bolsos da calça. - Mas é porque ela não lhe conhece direito! Por exemplo, minha primeira opinião sobre você foi... que você era um loirinho oxigenado muito gato, que fica vermelho por tudo, super romântico e fofo. Pelo menos foi o que eu li nos seus fã clubes. - Ele sorriu tímido. - Agora pouco a impressão que me passas-te foi que era um garoto frágil, que se importa muito com a opinião alheia, que esta no momento muito deprimido. - Suspirou triste. - Mas aposto que este menino sabe dar um sorriso lindo quando quer. - E assim ele fez, primeiro abriu um sorriso meigo e depois me encarou abrindo sua arcaria dentaria e sorrindo como se tivesse feito Botox, e logo gargalhou. - Mostre-a quem você realmente é.  

- Obrigada. - Agradeceu-me e logo em seguida me abraçou calorosamente, inesperado mas confortante para ambos os lados.   

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