Capítulo 2

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Ah não, fala sério, isso parecia cena de novela. Não era justo, sempre fui uma esposa compreensiva, calminha, que sabe conversar. Mas depois daquela cena, aquela esposa não existia mais.

-SEU IMBECIL, INÚTIL, IMPRESTÁVEL - Gritava com o sangue fervendo de ódio.

Peguei um vaso maravilhoso que ele havia me dado de presente no meu aniversario passado, e joguei em direção ao belo rostinho daquele nojento. Mas por eu ser ruim de mira, acabou quebrando na parede (eu nunca fui boa nisso).

-COMO VOCÊ TEVE CORAGEM DE ME DESRESPEITAR DESSA MANEIRA???? - disse olhando nos olhos dele.

Olhei para aquela tv maravilhosa que ele amava tanto, e derrubei no chão. Gritando feito louca comecei a jogar qualquer coisa no chão, tentando aliviar minha raiva por aquele imbecil. Peguei meu salto alto que estava perto da cama (eu costumo deixar as coisas espalhadas pela casa) e disse:

- Eu vou enfiar esse salto dentro da sua garganta - dei um sorrisinho irônico.

Stiven me segurou com força e disse:

-Meu amor, se acalme, eu posso explicar.

Nesse momento, comecei a chorar, meus olhos pareciam uma cachoeira. Depois de 5 segundos me entregando ao choro, olhei para o lado e vi aquela vagabunda coberta com o meu lençol e gritei ainda chorando:

-SUA VADIA, DA O FORA DA MINHA CASA AGORA!!! -gritei como se não houvesse amanhã.

Nesse momento ela saiu correndo, e quando ouvi a porta bater eu engoli o choro e olhando no fundo dos olhos dele, disse:

-Podia ter pagado um motel pelo menos, seu trouxa. -disse abrindo um sorriso irônico dos quais ele odeia.

Dei um chute entre as pernas dele e disse:

-Vá embora, agora.

Ele caiu de joelhos no chão e com um olhar de raiva disse:

-Sua vadia.

Logo em seguida dei um murro na cara dele, depois de tudo ainda me chama de vadia? Ele sempre foi muito orgulhoso, ja esperava que ele fosse me xingar depois do chute levemente doloroso que ele merecia. Peguei suas roupas sociais que ele ficava maravilhoso e joguei pela janela.

-Da o fora. - disse querendo chorar para sempre.

-Quer saber, eu vou embora mesmo, quando se tornar um pessoa tranquila e civilizada me procure para conversarmos.

-Ok querido, procuro sim, ô se procuro. -disse ironicamente.

-Adeus. -disse ele pegando suas roupas e saindo pelado com o meu lençol.

Nesse momento me joguei na cama com o rosto no travesseiro e chorei feito criança, não tinha coragem de pegar o telefone e ligar para a minha querida amiga Jeniffer que não falava a bastante tempo, mas sabia que iria me ajudar em qualquer situação. A coragem veio de uma maneira forte quando senti algo gosmento na minha testa, fala serio, que nojo, eu ainda fico deitada nessa droga de cama.

Peguei o celular e liguei.

-Jeniffer, nossa que bom que atendeu, acabei de pegar o Stiven na cama com uma vadia, ele não podia ter feito isso, me ajuda, agora estou chorando feito louca por aquele imbecil e com esperma na minha cara. -disse soluçando.

-Sofia, calma, estou indo ai agora. - disse preocupada.

Minha cabeça começou a girar, e meus olhos começaram a se fechar, e tudo apagou.

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Acordei com uma musica extremamente alta. Quando olho para a porta do quarto esta Jeniffer com uma garrafa de vodka e uma caixa de chocolate.

-Você sabe realmente animar uma amiga chifruda. -falo sorrindo.

-Isso foi um elogio? Se foi, muito obrigada. - sorri se jogando em cima de mim no chão.

-Tinha esperma na cama? - ela disse curiosa.

-Sim.

-Isso explica pq estamos no chão.

Começamos a beber como se não houvesse amanhã. E apagamos.

-Sofia?????? -diz Jeniffer se arrumando rápido.

-Oi Jeni.

- não sei como vou trabalhar com essa cara amassada, mas preciso ir. Você não vai trabalhar? -diz Jeniffer, procurando algo na bolsa.

-Nunca ouvi essa palavra antes, não quero chegar nem perto da rua tão cedo. -disse já querendo chorar.

- Amiga, eu volto depois do trabalho com minhas roupas pra passar uns dias com vc, ok? Aproveitamos a tarde para limpar essa cama nojenta, não quero dormir no sofá outra vez - diz Jeniffer calçando seus sapatos rapidamente.

- pode ir, vou lhe esperar. - falo com uma voz rouca.

Jeni bate a porta com força. Paro e penso " preciso de uma companhia nessa manhã triste e solitária."

Depois da chuva...Onde histórias criam vida. Descubra agora