A noite fria caiu e pude perceber isso enquanto eu olhava a casa do garoto idiota que bateu a porta na minha cara. O vento batia levemente no meu rosto, a tranquilidade daquela noite estava me deixando calma. Tudo o que ocorreu no meu dia por um tempo foi apagado da minha memória. Mas infelizmente meu momento é interrompido pelo chamado de meu pai.
Desço as escadas e vou diretamente para cozinha, pois toda vez que meu pai chega do trabalho ele vai para lá.
- O senhor me chamou? - perguntei arrumando meu coque todo bagunçado.
- Sim, a janta está pronta. - ele respondeu em quanto colocava os talheres e pratos na mesa.
Olhei para ele e me sentei na mesma, observei por cima das panelas para ver o que minha mãe havia preparado. Devo admitir que minha fome estava me corroendo.
Coloquei comida no prato e comecei a comer, minha mãe logo depois se juntou a nós.
Após o jantar subi e optei por assistir The Vampire Diaries, minha série favorita. Depois de algumas horas desci para comer pudim, minha mãe faz o melhor pudim de leite condensado do universo. Tá, exagerei, mais de todos o da minha mãe é o melhor que já comi. E olha que tenho bom gosto.
[...]
Acordei e suspirei de alívio por ser manhã de domingo. Alias, nem sei por que gosto de domingo, já que fico o dia todo em casa. Mas acho que essa felicidade toda é por não ter que aguentar aquelas líderes de torcida metida a besta, e aqueles jogadores idiotas do futebol americano.
Todo santo dia sofro bullying na quela escola, acho que não me encaixo no padrão típico de gostosa entre aquelas garotas. Sou magra e baixa, então sou praticamente invisível na quele lugar. Mais ouço tudo calada, prefiro guardar tudo para mim mesma, quero poupar meus pais sobre essa situação.
Depois de me levantar da cama tomo um longo banho quente e coloco uma roupa quentinha, já que está manhã está bem frio.
- Bom dia. - digo ao ver meus pais sentados na mesa tomando café.
- Bom dia. - os dois respondem juntos.
Sento-me no mesa e coloco café na chícara.
- Alexia... me diga, por que ontem você chegou alterada após ter ido a casa dos novos vizinhos? - minha mãe perguntou me fitando.
- Tropecei no meio do caminho, e fiquei irritada.
Nossa que bela desculpa. Mereço o Óscar.
- Tome mais cuidado. - ela sorriu fracamente e se levantou colocando suas louças usadas na pia.
Logo em seguida meu pai fez o mesmo e fiquei na mesa sozinha.
Após acabar de comer fui em direção ao meu quarto, mas quando passei pela sala meu pai chamou pelo meu nome me fazendo parar.
- Hoje vamos sair. - ele disse olhando para mim.
- Pra onde? - perguntei querendo revirar os olhos. Mais eu sabia que se eu fizesse isso na certa iria levar uma bronca.
- Nelder Grove, vamos fazer uma trilha lá.
Ah não acredito, meu pai quer me tirar da minha zona de conforto e me levar para andar atoa em uma floresta. Acho que vou morrer.
- Ah pai, não quero ir. - deixo cair meus ombros transparecendo desânimo. Mais acho que nem vou murmurar mais nada, por sei que não vai adiantar. Meus pais são impossíveis Deus.
- Não adianta reclamar, já falei com um amigo meu e não vamos desmarcar. - sua voz soou firme, então já sei que é fim de conversa.
- Ok, que horas vamos?
- Depois do almoço, pegue uma toalha de rosto e roupas, para o caso de acontecer alguma coisa.
- Tudo bem. - subo para meu quarto já querendo chorar. Maldita mania de chorar por qualquer coisa.
Deito na minha cama e desde já começo a preparar meu psicológico, para a grande aventura do meu pai. Poxa, logo domingo... hoje é dia de descansar. Para ele, por que eu não faço nada.
Pelo meu azar as horas passou voando. Depois do almoço preparamos nossas coisas, coloquei um livro na bolsa, algumas guloseimas e uma garrafa de água. Em quanto meus pais colocam as coisas no carro, fiquei mexendo no celular.
- Nem pensar senhorita. Hoje vamos desfrutar um ambiente natural, nada de celular ou coisas eletrônicas. - ele disse confiscando o meu celular.
- Qual é pai? Por favor. - fiz caras e bocas para ele ficar com dó de mim. Mais foi tudo em vão.
- Não e ponto final. Você vai adorar, eu te garanto. - ele sorriu na tentativa de me agradar. Porém não conseguiu.
- Pai... - fiz uma pequena birra para ele.
- Agora entre no carro. - ele me empurrou levemente até a porta do automóvel.
É Alexia... agora você tem que ser forte.
Em fim chegamos na floresta, encontramos alguns amigos do meu pai e começamos a fazer a trilha. Eles sorriam, conversavam, e eu apenas ficava com minha cara de tédio.
- Pai, já cansei. - digo fazendo ele tirar a atenção dos amigos deles.
- Mais só andamos trinta metros.
- Mesmo assim. - suspirei.
Devo admitir que meu pai as vezes tem razão sobre eu ter que sair de casa. Sabe, eu gosto e não gosto de ficar enfurnada lá. Por incrível que pareça eu não gosto de ficar sozinha, as pessoas não se aproximam de mim, então finjo, para todos saber que eu estou bem assim, e que não preciso de ninguém, mais na verdade não estou. Eu super amo o mundo dos livros e séries, é um dos motivos para eu ficar em casa. Mais as vezes sinto falta do outro mundo lá fora. Realmente minha cabeça é uma grande confusão.
Andamos por algumas horas, e estavamos chegando ao nosso ponto final junto com a noite. Resolvemos parar por conta do cansaço, todos sentaram em rodinha, mas eu fui para um lugar um pouco distante e peguei meu livro na mochila. Me acomodei encostada numa árvore e comecei a ler. Depois de alguns minutos ouço passos vindo em minha direção, fico totalmente paralisada, pois não havia ninguém, absolutamente ninguém na quele lugar que eu estava.
Os passos cada vez mais ficaram mais próximos, e quando a pessoa passou por mim eu percebi que era meu novo vizinho. Fiquei muito surpresa com sua presença ali, principalmente por suas roupas, que não estavam nenhum um pouco adequada para esse tipo de lugar. Ele estava usando uma roupa totalmente preta.
Quando ele estava a poucos passos a frente de mim ele parou de repente. Meus olhos automaticamente se arregalaram, meu nervosismo tomou conta do meu corpo.
Bem de vagar ele foi virando o rosto, quando ele virou por completo percebi que seus lábios estavam avermelhados, como se estive passado batom... ou... chupado sangue.
Ele me lançou um olhar gélido, e logo depois saiu em passo firme. Fiquei olhando fixamente seu corpo se distanciar. O que ele estava fazendo aqui?
°°
Mais um capítulo gente, espero que gostem. ❤❤
Responderei a todos!
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Meu Namorado É Um Vampiro
VampireAlexia Cooper leva uma vida normal com seus pais no estado da Califórnia. Mas a chegada de um misterioso vizinho irá mudar totalmente sua vida. Ela nem imagina as surpresas que vem pela frente, muito menos que elas partiram do seu novo vizinho. PLÁG...