CAPÍTULO 02 - A ARTE DE ROUBAR UMA JOIA (completo)

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O segundo roubo pré-avisado aconteceu alguns meses depois do primeiro golpe. O alvo: a REAL JOIA, uma bela joalheria de Paris, a qual recebeu uma correspondência negra. O primeiro a ter contato com a mensagem foi Salomão, o proprietário, e ela lhe dizia que sua Painite seria roubada.

Era uma estupenda joalheria que não apenas vendia as joias mais belas e caras do país, mas também colocava à mostra a coleção particular do dono, o qual por muitas vezes dizia não querer vender; no entanto, uma vez ou outra as vendia por preços exorbitantes àqueles afortunados que não aceita que algo esteja fora do seu alcance. Essa era uma boa estratégia de Salomão, já que surgiu uma disputa por parte de alguns milionários amantes de joias (ou quase sempre as mulheres desses), para conseguir uma joia do aclamado acervo pessoal do dono.

Para espanto de Salomão, os ladrões pareciam saber e querer roubar a pedra que ele não vendia de forma alguma, pois mesmo não sendo tão cara, era a sua pedra mais rara – na verdade, a mais rara do mundo –. E como não fosse o bastante avisar que ele seria roubado, os ladrões ainda o informaram o dia, o que pareceu ousado demais para os seus seguranças acreditarem.

E por alguma circunstância, ou pelos próprios ladrões ousarem revelar, Gonçalves, proprietário do banco que havia sido roubado, ficou sabendo dessa ameaça de roubo e alertou ao dono da joalheria, dizendo-lhe que não deveria menosprezar a possibilidade de tal roubo.

E Salomão, sabendo que não deveria confiar na segurança eletrônica da joalheria, logo tratou de reunir novos seguranças para uma proteção especial no suposto dia do roubo. E nesse dia, para não participar da confusão, isso pelo que deu a entender, tratou de ir para a sua mansão.

Por volta das 23h15, o alarme da joalheria soou pela primeira vez. Automaticamente sincronizado ao alarme dela, estava um alarme na mansão, o qual logo lhe avisou que havia algo errado. Mas, antes que ele ligasse para a loja, o chefe da segurança ligou-lhe dizendo que estava tudo seguro.

– Não subestime esses ladrões – Advertiu Salomão. – Ainda que esse alarme não pareça nada, eu quero que vocês vistoriem todas as câmeras e sensores de todas as alas da minha loja. Entendeu-me bem?

– Sim, senhor! Farei isso imediatamente – respondeu Frank, o chefe da segurança da joalheria.

Após essa breve conversa, Salomão desligou o alarme de aviso em sua casa. E de mediato, um dos seguranças locais liga-lhe informando que ouviu um alarme na casa, e lhe pergunta se havia algo de errado – já que esse alarme ouvido era diferenciado –. Mas ele o tranquiliza, afirmando que esse alerta é apenas um aviso de que o alarme da sua loja disparou.

No entanto, dez minutos depois o alarme voltou a soar avisando que a segurança da joalheria estava em risco. E dessa vez, antes do chefe da segurança ligar, Salomão liga-lhe, aborrecido:

– O que está acontecendo? Alguém pode me explicar por que esse alarme voltou a disparar?

– Calma, não está acontecendo nada, eu garanto. O alarme está totalmente confuso, disparando sem motivo – respondeu Frank, até então acreditando piamente que, dessa vez, havia algum defeito no alarme.

– Alguma vez isso já aconteceu antes? É claro que não! O alarme nunca soou por acaso, se ele disparou, tem algo acontecendo. Certifique-se disso imediatamente! – ordenou Salomão com vigor.

– Salomão, nós estávamos fazendo exatamente isso quando o alarme disparou e não havia nada de errado – explicou-se Frank.

– Se o alarme disparou, tem alguma coisa errada! Eu quero todas as minhas joias em segurança, me ouviu bem?

Mistério de Elêusis - O Mestre do CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora