Abri os olhos, um pouco zonza, em um lugar bastante iluminado. Tudo era bem branco - As paredes, o chão, o teto- e cheirava a álcool e limpeza. Ai não... Eu estou morta?! Céu?! Meu pensamento foi interrompido ao entrar um médico - muito gato, por sinal - na sala.
- Aí está você. Natalia?
- Isso - Quase gemi, minha voz estava cansada.
- Você é uma sortuda. Seus resultados da tomografia estão ótimos, mesmo com uma pancada na cabeça. Você caiu de 6 metros, mas não quebrou nem um osso... - Ele falava como se quisesse entender tudo aquilo - Acredita em milagres?
- Com certeza! - Consegui falar normal dessa vez. - O fato de eu ter caído na areia macia deve ter ajudado em alguma coisa. E, além do mais, vaso ruim não quebra fácil!
Ele riu.
- É, deve ter ajudado mesmo. - Ele me olhou um pouco, meu sorriso, meus olhos... E quando eu já estava constrangida, ele suspirou e me entregou uns papéis. - Como você tem 21 anos, pode assinar sua alta já. Vá pra casa e descanse. - Falou, já se retirando - Ah! Pode ficar tranquila! Seu namorado doido foi preso!
Suspirei aliviada e assinei os papéis. Entreguei-os à enfermeira, e ela me ajudou a me levantar e me arrumar.
-Nah! - Escutei a voz da Mari. Ela correu e me abraçou. - Como eu senti sua falta! Foram dois dias muito longos... Anda, vamos embora!
-Dois dias? Meu Deus! Ai não... Perdi a tomorrow?
-Sim! Foi show- Ela fez cara falsa de culpada.
E aí ela começou a tagarelar sobre como tinham sido os shows e tudo mais. Ela me ajudou a colocar as malas no carro para irmos embora. Já quando estávamos dentro do carro, ela falou:
- Nah... Sua mãe está na Flórida. E como você tem que se recuperar, ela comprou passagens pra você ir pra casa do seu pai, na Califórnia.
- Sério? - Falei, surpresa. Minha mãe ainda guardava mágoas do meu pai por causa do divórcio, então, ela não gostava que eu ficasse muito tempo com ele.
-Sim! Você viaja... Agora!
- O que?!
- Seu vôo é pra agora... - Ela riu - Suas malas já estão aqui no carro. Ah, e as minhas também.
Suspirei, aliviada por ela ir comigo. Mas eu não conseguia nem entender direito tudo que estava acontecendo. Tudo mudou tão rápido.
⚪⚫⚪
O vôo durou apenas algumas horas, e logo pudemos ver o dia amanhecendo quente e lindo em Los Angeles. Eu estava extremamente empolgada. Desembarcamos, pegamos um táxi e fomos pra a casa do meu pai. Não fiquei surpresa ao encontrar a casa vazia. Meu pai, minha madrasta e o filho dela, Harry, adoravam passar o dia na praia. Entrei com Mari, e nós duas nos instalamos no meu antigo quarto. A casa não tinha mudado quase nada, com a excessão do quarto de hóspedes que estava sendo reformado para um bebê. A Soraya, minha madrasta, estava grávida.
Depois de desfazer as malas, nos trocamos e decidimos dar um passeio pela praia. Fomos andando mesmo, já que era bem próximo. Assim que chegamos na praia, me desfiz das minhas sandálias e caminhei pela areia quentinha. A Mari decidiu dar um mergulho, então me sentei na areia e fiquei ouvindo uma música. De repente, alguém tapa os meus olhos. Tiro fone e pego nas mãos da pessoa.
-Adivinha? -Ouvi a voz do Harry.
- Amoooooooooor - Surto. Tiro suas mãos dos meus olhos e o abraço. -Estava morrendo de saudades sua!
-Eu também, meu amor -Ele fala me dando vários beijinhos na minha bochecha. - Soube do que tá acontecendo com você... Que barra hein?!
- Pois é parceiro. Tá foda. - Falei, com um suspiro.
- Bem, hoje vai ter festa na casa de um amigo, e eu faço questão de te levar, junto com a Mari!
- Você disse festa? - Mari chega. Nós dois rimos.
- Sim - Harry responde. - Vocês vão?
Já tava preparando uma desculpa pra ficar em casa tomando sorvete e vendo filme quando Mari responde:
- Óbvio! Não é Nah?
- Com certeza... - Resmungo.
Os dois trocam um longo olhar. Depois, com um suspiro, Mari me pega pela mão e me levanta.
- Vem, vamos nos arrumar. Hoje vai ser estouro!
Gente, Hello hellooooo
Dedico especialmente esse livro a Nah Cardoso e a todos os que são fãs dela, assim como eu! Deixem o que vocês estão achando nos comentários, e me ajudem! Vamos construir essa história juntos, beleza?
❤👊🍦
