Contos e Lendas de Terror

Insônia

São 2 da manhã e ela está sozinha em seu quarto. A luz da rua não ilumina tão bem o espaçoso quarto em que dorme a garota. Medrosa, sua única companhia é seu celular. Apesar do medo que sentia em relação aquela casa, tomava coragem para dormir em seu quarto com as luzes apagadas e o espelho descoberto.

O tempo passa e ela não consegue dormir. Quanto mais tempo se passa, mais o medo e a apreensão da pequena garota aumentam. Agora, coberta com uma manta até a cabeça, tenta se proteger do mal que existe ali. O que é? Não se sabe ao certo. Mas causa pânico, causa medo, causa espanto. O mal que ali existe, agora com a garota, é algo que poucos já viram, ou assim dizendo, sobreviveram para contar história.

A menina está toda coberta, suas mãos soam e seu coração bate mais rápido que o normal. Mesmo assim, a curiosidade toma conta e ela decide por a pontinha do olho para fora. A garota olha em volta do quarto e se acalma ao ver que não há nada ali. Mas por pouco tempo. Pouco tempo depois a menina sente uma respiração ao seu lado. Uma respiração ofegante, alta e aparentemente, de um animal. Mais uma vez a curiosidade toma conta e ela descobre totalmente a sua cabeça. O que havia ao seu lado não era um homem, nem ao menos um cachoro ou algo do tipo. Não era como em filmes de terror. Ela nunca havia visto algo assim.

Pálido feito neve, sem nenhuma expressão facial, com cicatrizes pelo corpo todo e nu. Completamente nu. Não se sabe ao certo se era homem ou mulher, porque não havia nada que o identificasse. Se curvou delicadamente sobre o ouvido da menina e calmamente sussurrou: "A queremos de volta, pequena filha".