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Olhei o sei diário ao entrar em casa. O meu corpo dizia que eu tinha que ler, pelo menos um pouco do seu diário, apenas por curiosidade.

Mesmo sabendo o quão falta de respeito e privacidade isso seria.

Entrei em meu quarto e despi meu moletom e calça molhada, trocando por um moletom novo e umas calça novas.

Deitei o meu corpo na cama e encarei o diário, esticando meu braço e pegando o mesmo, soltei um leve suspiro ao abrir o caderninho e sorri.


Querido Diário,

que estranha maneira de começar a escrever, todo o mundo começa do mesmo jeito, então a partir de hoje eu vou te dar um nome.

Olga, seu nome será Olga.

Então, Olga, minha mãe comprou esse diário para mim escrever o que eu sinto. A psicóloga desistiu de me ajudar. Na verdade eu me sinto muito melhor agora, vejo as coisas de maneira diferente. Quero dizer, meu estilo de música mudou bastante.

Já não ouço tanto aquelas músicas metal e não me visto muito de preto.

É uma boa mudança, apesar de que, na cabeça de minha mãe, as coisas continuem iguais.

Eu realmente tenho de parar.




Juntei minhas sobrancelhas nervoso.

-Parar o quê? -murmurei nervoso.

Ponderei em parar de ler, no entanto, essa escrita chamava muito à atenção.

Por isso virei a página.

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