Os amores contrariados.

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Não há dor pior do que amar alguém que você não pode ter. E talvez não haja também dádiva maior.
É como olhar um quadro bonito e não poder levá-lo para casa, então você volta várias e várias vezes só para ter a mesma sensação.
Como quando você é criança e quer muito um brinquedo, aquele que passa nos comerciais o tempo todo ou que está exposto no lugar de mais destaque na vitrine da loja, mas os seus pais nunca te dão. E isso não te impede de amá-lo ou deseja-lo, e as vezes você torna a ideia de possui-lo a sua motivação para vida, mesmo que no meio o caminho se perca.
As pessoas guardam boas lembranças dos brinquedos e amores que tiveram, mas nenhuma delas causa tanta nostalgia como olhar para aquilo que um dia foi o seu maior desejo.
Pode soar bobo, egoísta, mais é verdade. Você nunca vai gostar tanto que algo que possui quanto o do que não pode ter.
A ideia de possuir tornar as coisas muito menos valorosas, o que que está ao alcance nunca te fará levantar e travar uma guerra. Não há glória em lutar por algo que está bem aqui.
Por isso viva as nossas paixões platônicas e aos brinquedos que nossos pais nunca nos deram!

"São os amores contrariados que movem o mundo e não os correspondidos" Gabriel Gárcia Marquéz (O Amor Nos Tempos do Cólera)
*Escrito especialmente para Jason Mraz, Dan Smith, Daniel Platzman e todos aqueles que um dia foram o meu motivo de levantar da cama e travar uma guerra contra o mundo. 

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