Escrever é deixar viver. Mas acontece que não existe nada vivo dentro de mim pedindo pra ser exposto, nenhum texto para nascer.
Eu vago entre o engraçado e o irrisível, entre o tudo e o nada, sempre esses malditos meio-termos. E não existe meio-texto. Mas eu me sinto metade, um texto incompleto, meio anestesiada, meio dolorida, meio feliz. Usando toda e qualquer meia palavra. Buscando incessantemente meias verdades. Procurando versos completos de paz.