2ª temporada - #2 "Com que então eu sou adotado?"

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#Ross

Desde que o Riker tinha desaparecido, que já ninguém sabia o que fazer. Os meus pais estavam estranhos e andavam sempre aos segredos. Já nem parecíamos a família unida que éramos antes.

A Rydel e o Ellington conseguiram, entretanto, resgatar outra vez os bebés. Não foi fácil mas lá conseguiram. Estão bem agora, mas um bocado abalados com o desaparecimento do nosso irmão.

O Niall e a mãe dele nem se falam, depois de ele fazer a descoberta que a Anne é a sua irmã. Nem me admira nada... Até eu arrependo-me de ter namorado com ela. Nem quero pensar como ele se sente. Ser irmão de uma psicopata.

Bem, a Melissa teve o bebé entretanto: o meu pequeno é lindo. Tem olhos castanhos e cabelo loiro como o meu. Isso foi o que me fez mais feliz neste tempo. Demos-lhe o nome de Samuel Lynch.

***

Hoje, a família estava reunida como todos os domingos, para falarmos entre nós sobre as nossas vidas, como elas têm passado e outros assuntos.

Como sempre alguém devia chegar em atraso, e desta vez quem faltava era o Ell. A Rydel avisou que ele ia chegar atrasado porque tinha umas coisas no trabalho para fazer. Hoje só servia de porteiro: tocava à campainha e ninguém se levantava. Lá ia eu abrir a porcaria da porta. Estou a ver que esta casa está a precisar de um empregado que abra só portas, ou seja, um porteiro.

Enquanto eu estava entre os meus pensamentos, a porta voltou a tocar. Levantei-me mas antes olhei para ver é que ainda não tinha chegado. Tinham chegado todos. O Ellington também já estava cá. Quem é que falta então?

Dirigi-me à porta e nem queria acreditar quando vi a pessoa que estava à porta. Ele olhou para mim e eu abri mais a porta para ele entrar. Nem agradeceu, mas eu pouco estou preocupado com isso. Ele está aqui, à minha frente. O Riker apareceu, finalmente.

Ele dirigiu-se à sala, onde e encontrava o resto dos pessoas. Eu segui-o.

Todos olharam espantados para ele. Estavam como estátuas, a olhar fixamente. A nossa mãe foi a primeira a reagir, levantando-se e vindo abraçar o Riker. Ele não correspondeu ao abraço, afastando-se.

- Eu não tempo para lamechisses. Vocês têm muito que me contar. - falou pela primeira vez desde que tinha chegado, apontando para os pais. - Com que então eu sou adotado? - perguntu, na maior descontração, cruzando os braços junto ao peito. Todos nós ficamos chocados com a revelação, menos Stormie e Mark.

- Acho melhor sentares-te. - disse-lhe a mãe. - E vocês... Bem acho que devem também ouvir.

Sentámos-nos todos numa pequena roda. Stormie começou a falar.

- Bem tudo começou mais ou menos um ano antes de o Riker ter nascido. Eu e o vosso pai andavamos a tentar com que eu engravidasse, mas não conseguíamos. Nós fomos até ao médico perguntar se passava-se alguma coisa comigo. O médico dizia que não. Que eu estava da melhor saúde possível. Então, nós tentamos outra vez, mas não resultou. Desistimos e decidimos parar por enquanto. Mais ou menos 5 meses depois, eu fui parar ao hospital com umas dores horríveis de cabeça. O nosso médico de família disse que eu estava com um príncipio de uma gripe. Mandou-me descansar durante naquela semana. Quando estavamos a sair do consultório, passámos pela sala onde os bebés estão quando nascem. Eu vi-te, Riker, deitado naquelas pequenas camas, a dormir tão sereno. Eu e o Mark olhámos um para o outro: já sabíamos o que íamos fazer. Fomos ao pé de uma emfermeira e perguntámos se podíamos adotar-te. A enfermeira explicou-nos o que tinha acontecido, para tu estares na parte de adoção. Nós compreendemos, mas na mesma nós quisemos ficar contigo. Assinámos os papéis e em pouco tempo, estavas aqui, nesta casa.

- Mas sou o único adotado? - questionou o Riker.

- Sim. Um ano a tu viveres connosco, eu descobri que estava grávida da Rydel. E foi assim, ano após ano, até chegar ao Ryland. Vocês eram tão amigos e tão parecidos, que nem precisamos de dizer nada, mas sabíamos que qualquer dia, teríamos de falar. Esse dia foi hoje. - suspirou.

- Eu... Eu encontrei o meu pai biológico... Mãe. - atrapalhou-se o Riker, tímido.

- Aonde?! - desta vez, foi a vez de Mark falar.

- No México. Ele andou este tempo todo à minha procura, e conseguiu graças à irmã do Niall.

O Niall revirou os olhos, pois todos sabíamos que ele nunca iría aceitar a Anne como sua irmã.

- Bem, nós queremos falar com o teu pai. Podes pedir para ele vir cá? - perguntou o nosso pai ao Riker. Este apenas anuiu. - Sendo assim, já estamos esclarecidos. Nós vamos para cima, para vocês poderem falarem uns com os outros.

Levantaram-se, deixando-nos num momento constrangedor. A Rydel foi a primeira a levantar-se, indo abraçar o seu "irmão", seguido da Melissa, e Ellington até estarmos todos a dar um abraço de grupo.

Esta família vai mudar muito a partir de hoje.

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Obrigada a quem anda a ler as minhas fics e espero que estejam a gostar :)

Bjos :*

Ly ♥

Cris

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