Senti a luz do sol da manhã invadir meu quarto, coloquei travesseiros no meu rosto para continuar a dormir.
– Filha acorde, já são oito horas. – dizia o homem com mais ou menos 40 anos, com seus cabelos grisalhos e uma expressão um pouco cansada.
– Ah pai... – dizia a jovem morena com mechas azuladas.
– Anda, você tem uma viagem para Sweet Amoris lembra? – disse o pai.
– Ah é o internato. – ironizei.
– Ah vamos, pare com isso é uma escola normal onde conheci sua mãe. – comentou demonstrando saudade daqueles dias.
Percebi que deveria mudar de humor, pelo menos por meu pai que está fazendo o que pode para o meu bem. Forcei- me um sorriso em meu rosto e me dirigi ao banheiro para realizar a higiene matinal.
Ao sair do banheiro, meu pai já não estava mais no quarto coloquei uma camisa cinza qualquer, uma calça jeans meio surrada e um all star preto velho a viagem seria longa então decidi ir usando roupas mais práticas. As malas já estavam prontas e vi meu computador que vai levar provavelmente duas semanas para chegar em minha nova casa em Sweet Amoris, olhei tudo em volta e pensei em como irei sentir falta de tudo aqui, até do ar-condicionado que parava do nada e soltava fumaça.
Fui descendo as escadas rumo a cozinha e pude senti o cheiro do café da manhã, outra coisa de que vou morrer de saudade é da comida do velho. Era uma cozinha simples com azuleijos bege com branco, com uma geladeira verde cafona, um fogão e que ao lado deste havia o balcão com a pia e as louças. Sentei de frente ao meu pai vendo aquele omelete saboroso prestes a ser devorado.
– Tasya, como eu sei que você vai morrer de saudade da minha comida estou assando uns biscoitos para a viagem.
– Muito convencido não acha? – respondi.
– Eu sou seu pai, então é meu dever saber o que você gosta e espantar os garotos que se aproximam de você. – comentou vitorioso a um argumento recentemente planejado.
– E o Ken, ele é um garoto lembra? E você não espantou ele. – comentei.
– Ele é um bom rapaz, lembra um pouco eu quando mais jovem, só que mais estudioso. – disse rindo de seu próprio comentário.
Terminando a refeição, decidi que me despediria dele afinal somos amigos. Seria muito ingrato de minha parte não ir.
– Vou me despedir do Ken pai. – falei me levantando rumo a saída.
Saí de casa observando o que me cercava, crianças brincando na rua. Confesso que senti um pouco de inveja que elas não teriam que ir para uma cidade distante morar com uma tia que não a vê desde os cinco anos.
Chegando no final da rua, parei em uma casa verde com detalhes brancos. Vi a silhueta familiar de uma senhora com óculos cuidando do jardim.
– Olá senhora Manon. – cumprimentei.
– Ah Anastasya, que bom te ver. - Disse docemete e parou de cuidar do jardim para me envolver em um abraço terno, ela consegue ser incrivelmente amável da vontade de colocar no bolso e levar para casa.
– O Ken está no quarto.
– Obrigada.
Entrando na casa me deparei com o senhor Gilles, com seu uniforme de militar.
– Olá senhor Gilles. – cumprimentei.
– Oi. Tenho que ir. – respondeu saindo da casa o mais rápido possível, deve estar atrasado para alguma missão, conclui.
Subindo os degraus na segunda porta do lado esquerdo, adentrando no quarto de um certo viciado em biscoitos olhando a janela pensativo.
– Ken...? – chamei tirando-o de seus pensamentos.
– Ah! Oi Tasya. – disse com uma expressão de surpreso por eu estar ali.
– Vou sentir saudade Ken. – disse o envolvendo em um abraço apertado. – Espero que se cuide, viu?
– Vou tentar. – respondeu desanimado.
Nós tivemos toda uma história juntos, era nós contra a escola inteira praticamente. Isso tambem doía em mim, acho que todas as despedidas são assim, deixo uma parte de mim com cada um que amo e levo uma parte deles também. Não consegui segurar, acabei soltando algumas lágrimas que insistiam em sair mas logo tratei de me recompor.
– Quando a gente vai se ver de novo? – perguntou Ken com uma pequena chama de esperança em seus orbes verdes que quase não eram notados com os óculos.
– Eu não sei mas podemos manter contato, eu não vou para outro país, sabia? – ironizei, essa era uma das minhas defesas para não me entregar a tristeza assim tão fácil. – E existe internet, lembra?
Ele riu, me senti vitoriosa por ter que ver esse sorriso antes de sair.
– Realmente tenho que ir. – dei outro abraço seguido de um beijo na bochecha.
Chegando em casa, minhas malas já haviam sido colocadas na sala, vi meu pai lendo um livro sentado na velha poltrona vermelha, notando minha presença pegou as chaves do carro e saímos.
No caminho trocamos algumas palavras, na verdade não queria me aprofundar nas conversas, já foi ruim me despedir do Ken e estava me preparando para me despedir do meu velho.
Chegamos na estação de trem, e já estava quase na hora de seguir rumo a Sweet Amoris.
– Filha, tome cuidado tá? – disse com um tom pesaroso em sua voz. –E não acredite em qualquer garoto de lá. Respondi apenas com um Ok, seguido de um abraço apertado.
O trem havia chegado, e com ele o medo do que teria que enfrentar daqui para frente. Embarquei e me sentei no lugar que estava designado no bilhete, por sorte era perto da janela, coloquei meus fones de ouvido e coloquei para ouvir música durante a viagem rumo a Sweet Amoris.
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N/A : Olá caro leitor, espero que se divirta lendo essa fanfic, comente o que gostou (*-*) e o que não gostou também. Essa é a primeira fic que posto do Amor Doce por aqui.
Até o próximo capítulo! 😀💜❤🌙
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Sweet Amoris
FanfictionDeixar pessoas que ama nunca é fácil, e nunca será. Anastasya se muda para Sweet Amoris para morar com sua tia, escola nova, amigos novos, tudo novo. Será ela capaz de se ajustar a nova vida que foi inserida?