[...] Acordo sobresaltanda , resolvo voltar a dormi até que escuto uma voz Ando na ponta dos pés por um corredor mau iluminado, caminho até uma porta entreaberta e escuto a conversa.
- Você acha que a Amélia vai conseguir?
- Não custa tentar, além do mais, não queremos que ela acabe igual ao pai dela
-Sabia que é feio escutar conversa atrás da porta?
Me assusto e por pouco não grito, olho com raiva para o meu melhor amigo.
-Matheus não chegue de fininho dessse jeito, você quase me matou de susto.
-Descupe, mas você estava tão distraída que não conseguir resistir.
Reviro os olhos e escuto as vozes se aproximando da porta, eu e Matheus nos escondemos e vejo o homem com que papai estava conversando ir embora, olho para Mathew e começo a ver tudo distorcido, ao longe escuto as badaladas do relógio indicando ser meia-noite, escuto a voz rouca e sarcástica...
-Hora de acorda magestade..[..]Sinto alguém me balançando e abro os olhos subitamente encontrando os olhos castanhos de Luna a enfermeira desse sanatório.
-Vamos menina Amélia acorde, hoje você tem consulta com o Dr. Fábio
Suspiro e concordo com a cabeça...
Chego na frente da porta branca ( como tudo neste lugar) e bato três vezes, entro e me sento na poltrona esperando o Dr. Fábio fazer suas abituais perguntas.
- Amélia, como está se sentindo hoje? Teve algum sonho estranho essa noite?
Estranhei essa pergunta, e a primeira vez que ele a faz, olho no fundo dos seus olhos e por um momento penso em ter visto seus olhos mudarem de cor, balanço a cabeça dizendo a mim mesma que deve ser só mais uma das minhas alucinações.
- Estou bem, não sonhei com nada na noite passa
Ele me encarou como se pudesse ler meus pensamentos e começou a fazer as perguntas normais...
Ando até o refeitório e pego o meu almoço, sento-me em uma mesa um pouco afastada das outras, ainda não me acostumei com esse lugar, estou aqui a uma semana.
Quando estou na metade do meu almoço, vejo um menino sentar do outro lado da mesa de frente pra mim, oque mais me chamou atenção nele foi os seus olhos amarelos que pareciam esconder algo, então paraliso ao escutar sua voz rouca
-Olá majestade
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A Louca
Short Story[...] Abro os olhos e tento me acostumar a claridade em que me encontro, tento reconhecer o local em que me encontro mais nada me vem a cabeça, tento me lembrar como vim parar aqui e sou enterrompida por três batidas na porta, caminho lentamente...