Auri

Jerak e a Tribo (CAP 8)

Amanheceu. Jerak foi o primeiro a se levantar. Foi até a porta da nave e a abriu. Viu que ninguém além dele havia acordado e decidiu dar uma caminhada pela floresta. Conforme andava, admirava a paisagem. A floresta amazônica era extensa e diversificada. Via os animais e ficava encantado.
Jerak andou bastante, mas de repente no meio da caminhada escutou passos e vozes:
- O exército estará aqui logo Jubá! Temos que nos mover daqui!
- Vamos promover uma reunião com nossa tribo mais tarde. Não quero estar mais aqui antes daquele comandante Raul Pé de Cabra voltar para nos ameaçar!
- Exato! Já não basta invadir nossas terras para construir uma represa e agora querem derrubar kilômetros de extensão em árvores para criar uma super base militar? Somos nativos, esse lugar é nosso e tem que ser preservado, não só para nosso bem estar mas pelo dos animais também!
- Concordo! Mas vamos esquecer disso agora! Vamos caçar!

Os dois homens estavam com lanças e arco e flecha. Jerak estava invisível, e embora fosse mudo, não o impossibilitou de tropeçar em um galho e cair, fazendo um grande barulho.
- Ouviu isso? Acho que nossa presa pode estar mais perto do que imaginamos! Vamos Jubá!
- Vamos! - Disse o tribal.

Jerek foi se distanciando lentamente para não fazer mais barulho. Mas precisava fazer algo. Os tribais estavam caminhando na direção em que se encontrava a nave, e embora a mesma estivesse invisível, não seria interessante se os tribais trombassem contra algo invisível. Jerak então começou a pensar, e chegou a conclusão que seria melhor levá-los para longe.

Jerak então resolveu correr em direção oposta. Seus passos iriam fazer barulho e atrair os visitantes para longe. E assim o fez. Primeiro jogou uma pedra no tronco de uma árvore para fazer som. Depois saiu correndo batendo forte os pés para atrair suas atenções.
- Veja Jubá! Nossa presa foi por ali, vamos!
- Vamos! Prepare o arco!

Jerak correu alguns metros antes de cansar-se. Logo, agachou-se detrás de uma árvore e junto de seu mecanismo de invisibilidade, camuflou-se em meio a mata. Os caçadores tribais vieram logo atrás, e um deles, atendido pelo nome de Jubá começou:
- Pra onde ele foi?
- Não sei Jubá! Mas deve ter fugido! Foi mais rápido que nós! Vamos voltar!
- Você volta! Eu não! Avise os outros que voltarei com a carne ainda hoje!
- Mas Jubá...
- Vá! Eu assumo daqui em diante.

E o parceiro voltou de onde tinha vindo. Jubá estava a alguns metros de Jerak, que tentou se mover lentamente para o lado e sair dali. Havia cumprido a missão, distanciar os tribais da nave espacial. Mas Jerak pisa em um galho sem querer, gerando um barulho e despertando a atenção de Jubá, que olha na direção de onde veio o som e aproxima lentamente. Jerak nesse momento, deita no chão, e tudo que torcia era para que o tribal não o visse ou o pisasse em meio a invisibilidade. Se Jerak se movesse, era possível ver uma espécie de bolha transparente em seu corpo, revelando assim sua localização.
Jubá aproximou o suficiente para que Jerak ouvisse sua respiração, mas a detecção não aconteceu graças ao amigo se Jubá, que chegou bem na hora.
- Jubá, Jubá!
- Diga homem! O que aconteceu!
- São os soldados! Estão atacando o vilarejo!
- Minha nossa, temos que voltar, vamos!

Jerak esperou os tribais saírem, e assim conseguiu sair sem ser detectado. Jerak correu de volta a nave para acordar os demais alienigenas e os avisar sobre o que estava acontecendo.
Ao chegar na nave, Jerak faz barulho para acordar os amigos, e acorda Auri e Métia. Auri pergunta:
- O que houve Jerak?
O alienígena faz gestos apontando para a localização de onde tinha vindo!
- Deve ser algo grave Auri! Quer averiguar? - Afirma Métia.
- Vamos então! Acorde os outros!
- Sim Auri!
-Hey, acorde! Ório! Vaspur! Vamos! Temos que averiguar algo!
- Ahh não, ainda é cedo! - Disse Vaspur.
- Não importa! Jerak avistou algo e temos que ver!
- Vamos então! - Ório manifestou-se.

Os alienígenas então foram para onde Jerak havia apontado. Levaram consigo suas armas, pois estavam prestes a adentrar território perigoso.