Capítulo 1

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V O L T E I ! Antes tarde do que nunca já dizia Clarice Lispector. Então amores, tenho duas coisas pra falar:

1 : Eu queria muito agradecer a uma pessoinha que embarcou nessa loucura comigo. Migaaaaaaa, isso não seria possível sem seu incentivo, muito obrigada. Essa ilusão não é só minha, é nossa.

2 - Esse capitulo é dedicado a minha mãe que não vai ler saporra HAHAHA. Brincadeira! Esse capitulo é todo seu Biaaaaaa, pelo seu aniversario. Como disse ontem, desejo as melhores coisas para você sempre. Desculpa a demora. Eu disse para ter paciência comigo!

Por Juliana

Eu mal posso acreditar que em algumas horas estarei em solo brasileiro de novo. Não posso reclamar da minha estadia em Nova York, e nem esquecer o que vivi aqui. São quase três anos conhecendo cada pedacinho desse lugar, convivendo com pessoas diferentes, descobrindo um mundo novo. Aqui aprendi a andar com minhas próprias pernas, sem a proteção excessiva dos meus pais, apesar de saber que eles sempre estariam de olho em mim. Aqui me descobri, dei adeus a Juliana insegura e um olá para a Juliana que me tornei. Deixei de lado meus medos, para dá lugar os meus sonhos. Claro que dói sair daqui, mas quando penso para onde estou voltando, retiro qualquer peso da consciência.

- Chegou a hora de ir - falei ao ouvir chamarem meu vôo.

- Ai não, fica - Duda fez aquele draminha básico.

- Pode ir Juliana, eu deixo - Alice disse nos fazendo rir.

- Idiota. Eu vou morrer de saudades de vocês, quer dizer, de você não Ali - disse e vi Alice desmanchar o sorriso.

- Eu sei que você me ama Juliana, só não pensei que fosse tanto assim - fez graça. Ouvi a última chamada para o embarque.

- Eu tenho que ir- E então senti o abraço forte delas. - Ai, eu não vou chorar, pode parar - falei, tentando parecer forte.

Enquanto caminhava para o portão de embarque ouvi Duda dizer para me cuidar. Estava até estranhando a Alice não ter soltado nenhuma piadinha, até que escuto um ''E cuida dos boys por mim''. Elas eram completamente diferentes, e cada uma do seu jeito me fazia bem. Antes de passar por aquele portão mandei o meu típico 'bJús' e logo após segui o meu caminho.
Agora era uma nova etapa. Agora iria voltar para o lugar onde nasci e fui criada, voltar para os meus dias ensolarados, voltar para a cidade maravilhosa. Quando terminei minha faculdade de Publicidade decidir sair viajando pelo mundo, conhecer um pouco de cada lugar, descobrir gostos, culturas. E foi numa dessas viagens que conheci a Alice, que para mim é como se fosse minha irmã. E por falar em irmão, o meu tomará um baita susto quando me encontrar no Rio. Na cabecinha dele, eu só irei chegar daqui a dois dias. De uma coisa eu sei, a cara dele será impagável. Confesso que não foi fácil deixar minha família para viver o desconhecido, mas eu sentia que era necessário para mim. Durante esse tempo que vivi no exterior, pude conhecer uma nova Juliana. Uma mulher que não sente vergonha de suas escolhas, que não tem medo de recomeçar, que quando quer algo corre atrás. Eu não me dou por vencida. Eu sei que a vida prega suas peças, e sei também que alguns acontecimentos nos machucam. Mas tudo depende da forma que você enxerga a vida. Tudo depende de você. E não pense que eu nunca sofri ou que nunca me decepcionei, acredite eu já passei por muita coisa, mas ao contrário de algumas pessoas, eu procuro ver o lado bom de tudo. Se as coisas já estão ruins, não tem pra que eu piorar né ?

As horas assim como o avião voaram e logo eu estava no meu destino. A vontade de ter alguém me esperando se fez presente, mas como me esperariam se não sabiam que chegaria hoje, não é mesmo? Então segui para apartamento onde meu irmão morava, e como era de se esperar ele não estava em casa, pelo horário ainda estaria na empresa onde trabalhava. E por mais que a viajem tenha sido cansativa, eu necessitava sair por aquelas ruas de novo e foi exatamente o que eu fiz. E a cada novo passo, eu tinha a sensação de estar de volta ao meu lar. Não sei em que determinado momento, mas de repente me vi sentada na areia com uma imensidão azul como vista. Ah.... as praias do Rio, como eu senti falta delas. Nova York pode ter de tudo, mas essa vista somente o Rio de janeiro poderia me proporcionar. E eu não poderia deixar aquele momento passar, eu precisava registra-lo. Então me vi fazendo algo que amo, fotografar. A possibilidade de capturar momentos únicos e de certa forma eternizar, me fascina. Eu fotografo tudo aquilo que me faz bem. E não poderia deixar de 'eternizar' aquele tchauzinho que o sol estava dando. Quando já estava escuro sai dali e fui para um restaurante que sempre freqüentei quando morava aqui. Fui vendo o que tinha fotografado durante aquela tarde enquanto o meu pedido não chegava, e sorri diante do que via. Alice sempre disse para eu investir nas minhas fotos, mas eu nunca tive coragem. Ela acreditava no meu talento mais que eu mesma. Outro que pensava da mesma forma que ela, era o João. Ele gosta de dizer que minhas fotografias deveriam ser vista por todos. O que eu acho? Bom, eu só faço rir de suas palavras.

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