Boooa Noite, ainda estou no prazo certo? Esse capitulo até que está bonitinho, então aproveitem! Obrigada pelo carinho, domingo que vem eu vou postar o primeiro capítulo do meu novo livro, para vocês me dizerem se continuo ou não. Enquanto isso, uma ótima semana para todos vocês e uma boa leitura!!!
Beijõoes
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Fábio
Mais um dia neste hospital e eu enlouqueceria.
Quando o enfermeiro me livrou daqueles aparelhos malditamente barulhentos, e aquele soro ridículo finalmente cortou relações com a minha veia, meu pensamento não estava no ar puro que eu finalmente respiraria em vez do cheiro insuportável que esse açougue tem. Minha linha de pensamento continuava nos cinco dias, dezessete horas, e trinca e quatro minutos que a Noemi saiu daqui dizendo que talvez voltaria.
Eu, idiota como sou, imaginei que aquele talvez era apenas o "sim" velado que havia sido durante todos os dias que ela me visitou. Mas não preciso dizer que eu estava enganado. Que aquele talvez pronunciado pela boca mais tentadora que eu já vi na vida, era mais especificamente como um chute na bunda.
Eu posso sobreviver a um chute na bunda. Acha que eu nunca levei um?
Mas, e se... E se ela teve algum problema? E se seu talvez queria realmente ser um sim, mas algo que ia além de seu controle a impediu?
Aí... Ela ainda poderia ter ligado para o hospital, ou ter pedido para a Mel me dar o recado. Tentar achar uma resposta diferente para o fora que levei só tornava tudo ainda mais humilhante.
Assinei a porcaria da papelada, e saí daquele lugar. Eu ainda esperava lá no fundo que ela estivesse aqui para me receber, mas ela não estava. Era só minha mãe, meu padrasto e a peste da minha irmãzinha. Ela correu para me abraçar e eu a peguei no colo, rodopiando enquanto descia as escadas que me tiravam desse maldito lugar.
– Cuidado com seu irmão, ele está machucado! – Minha mãe guinchou de onde estava, e ao ouvir seu tom de voz, percebi que essa seria uma longa recuperação.
Durante o resto daquele dia, eu tentei pensar em outra coisa que não fosse procurá-la. Mas essa droga de garota não saía da minha cabeça por nada. Por fim, depois das três horas da tarde, agora totalizando exatos seis dias que eu a tinha visto, eu decidi sair daquele quarto e procurar remediar algumas merdas que meu pai me obrou a fazer.
A pé – porque tive que vender minha moto para dar dinheiro àquele desgraçado – eu fui para a boate onde eu trabalhava, na tentativa de pedir perdão para o cara que eu roubei – no caso também para dar dinheiro ao meu pai.
Quando cheguei, eu pensei que seria mandado embora na hora e estava preparado para implorar para ser escutado, se preciso fosse. Mas surpreendentemente não precisou. Ao chegar a primeira coisa que e fiz foi receber um abraço seu e o quanto ele sentia muito por tudo que eu passei.
Comecei a explicar tudo para ele, mas ele me parou, dizendo que já estava sabendo do porque eu precisava do dinheiro pelo noticiário. Eu sabia que depois que ele soubesse o que aconteceu me perdoaria, mas não esperava que ele perdoasse a dívida. Afinal, não é qualquer quantia, é cinco mil.
– De jeito nenhum, cara, eu vou te pagar o dinheiro, cada centavo. O pai é meu, eu devo pagar pelas merdas que ele fez, não você. Eu só peço que me dê tempo, e... Um emprego, e se for possível, a sua confiança de novo.
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Agora & Para Sempre - Conto
Short StoryFábio passou a vida inteira temendo o próprio sangue. Marcado pelos atos horríveis de seu pai, ele se negava o direito de amar e ser amado. Tudo muda depois que seu pai o sequestra, estranhamente essas amarras que o prendiam se dissolvem, e a prime...