Éden

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Ora, Deus já estava criando à algum tempo, nas proximidades do  Oriente Médio, um jardim cujo nome era Éden. Havia colocado dentro dele  todo tipo de árvore agradável, um casal de cada animal fez surgir dentro  e então, pôs o Senhor o homem lá dentro.

- Vê à sua volta: -Diz Deus ao homem e nesse momento o homem olha e  ao seu redor estava um lindo gramado, grandes arvores, algumas  extremamente gigantes e delas saiam luzes amarelas e verdes que as  rodeavam e voavam por todo o lugar; tinha também milhares de animais  sentados, olhando, latindo, uivando, roncando, cantando, enfim, todos  aplaudiam à obra do Senhor; tinha também um rio que se ramificava em  outros quatro, frutas que nunca se acabavam, e todo o local transparecia  amor, se respirava amor. - Tudo isso Eu deixo em suas mãos. Coloque  nomes e conheça a cada um.

E ao falar isso, o homem se levanta e olhando ao seu redor, de olhos  arregalados, da uma volta inteira em seu próprio ângulo contemplando  toda aquela beleza. Estava completamente deslumbado.

- E... Eu não sei o que dizer, Pai. - Ao chama lo de pai, Deus sorri.

- Vai, é tudo pra você.

Num instante o homem começa a correr com um grande sorriso no rosto e  pula em direção aos animais, cai em cima de um leão e começa a lhe  fazer carinho no peito e ele mesmo também cai em gargalhadas. Adão amava  tudo aquilo, sua natureza era limpa, tudo o que conseguia sentir era  amor por tudo o quanto via. Seu corpo brilhava como uma lampada, sua  pele não se cortava e Adão tinha grande força em seus braços e pernas a  qual poderia escalar o mais grossa jatoba sem usar nada além de suas  mãos e pés, tinha também seus sentidos levados ao máximo, tinha uma  visão invejável até a uma águia e além disso, se comunicava com todos os  animais do jardim.

- À você, chamarei de leão e muitos o chamarão de rei da selva, por  quanto anda com elegância e mostra grande destreza em seus movimentos.

E foi Adão colocando nome em cada um e em cada coisa que se encontrava ali. Todos animais estavam ao seu redor.

Quando era praticamente a hora em que o sol ia se pondo, ouve se  pegadas no jardim, Deus caminhava numa trilha tão linda, feita de  pedaços de ouro em meio à grama, não eram encaixadas umas às outras, mas  tinham sua beleza em simetria, como arte. Tudo naquele lugar parecia  ter vida e o ar era delicioso. O sentimento ali era exalavel, tudo era  prazeroso.
Deus então chama o homem:
- Onde estás?

E então o homem o ouve e do meio dos animais, pois ainda estava  colocando nome aos animais, e sai correndo ao encontro de seu Criador.

- Olá, Criador. Que maravilha te encontrar por aqui.

- Vim para que pudessemos conversar um pouco. Afinal, é o seu  primeiro por do sol e eu preparei o melhor ângulo pra você. Você vai  amar isso. Eu não me canso de ver.

Caminhavam em direção à um pequeno coreto feito de galhos verdes e com todo o tipo de flores silvestres.

- Veja. - Diz Deus.

Os dois param no coreto, Deus com seus braços para traz e o homem com  os dois braços estendidos, como se tivesse deslumbrado com o que via.
E  enquanto o sol se recolhia pelo horizonte, com uma beleza extremamente  única, deixando todo o céu dourado e vermelho, os dois observam com um  grande brilho no olhar.
O homem já de "queixo caído" olha para o Pai e diz:

- O Senhor que fizeste isso também?

E com grande humildade, Deus olha para Adão e com os olhos fechados, apenas balança o rosto que sim.

- Uau! - Disse Adão.

Deus o olhou e perguntou:

- E essa palavra, o que significa?

- Sei lá, inventei agora. - Responde o homem.

Deus o olha e começa a rir. Uma risada como a de um pai quando vê seu filho bebê fazendo alguma travessura.

No caminho de volta, Deus para no meio da trilha.

- Por que o Senhor parou? - Pergunta Adão.

- Quero lhe falar algo muito importante. Vês aquela árvore lá no  meio? - Diz Deus olhando para Adão que com a pergunta olha diretamente  na árvore que estava destacada no meio do jardin à algumas centenas de  metros dele.

Havia, no meio do jardim, uma árvore cujas folhas douradas se  renovavam todos os dias, caiam e nasciam novamente; Tinha seu caule  vermelho, diferente de qualquer outra árvore. Ela estava sempre lotada  de frutos. Quase todos seus galhos terminavam em um fruto de aparência  suculenta e mesmo de longe, brilhava, na sua cor vermelha. A árvore se  destacava em todo o jardim, mas havia algo de sombrio nela, aquele tipo  de coisa que chama a atenção instigando.

- Sim, eu a vejo, parece muito deliciosa, mas tem algo que eu não entendo nela. - Disse Adão.

- Eu sou seu Deus e seu Pai e lhe digo: Não coma daquele fruto e nem  tampouco toque nela. É certo que no diz que dela comer morrerás.

Deus fez Adão e em sua natureza lhe deu entendimento de tudo quanto  existia, logo não tinha que ser ensinado sobre palavras, mesmo que  algumas delas não existissem literalmente, como a morte. Adão não  conhecia a morte, mas entendia seu significado.

Se assustou o homem com tal aviso, mas se sentiu bem, pois a presença  de Deus lhe dava um sentimento indescritível de segurança e de amor e  mesmo em meio a tal assunto, se sentia bem.

No dia seguinte, o homem acorda e vai logo refrescar seu corpo no  rio, ao que saiu e se secou ao sol. Passarinhos voando ao seu redor, o  homem levanta um dos dedos e um pássaro pousa e começa cantar, um canto  totalmente lindo. Adão,  após apreciar aquele canto, levanta o dedo e o  pássaro voavao alto e entao o homem começa a correr, dá um pulo de  aproximadamente 3 metros, pega uma fruta suculenta de casca amarela e  vermelha,  cujo nome chamou de manga e logo após cair em solo, subiu em  uma zebra e, esta começou a correr e, quando percebeu, havia uma grande  manada de vários tipos de animais correndo ao seu lado, como numa  corrida.

O homem segura firme nos cabelos da zebra, firma os pés, joga a manga bem longe e diz bem próximo ao seu ouvido:

- Vamos, garota! - Diz e dá dois tapas leves no pescoço do animal,  este responde aumentando drasticamente a velocidade,  o que o faz  conseguir pegar o primeiro lugar, ultrapassando cavalos, outra zebra  macho, leões, touros,  entre outros animais, até que olha para traz de  toda aquela manda e avista o um guepardo avançando muito mais rápido que  qualquer outro animal.

- Com esse ai não dá pra brincar. - Fala o homem olhando enquanto o  guepardo aparecia já no meio da manada. - Obrigado, menina, agora deixa  comigo. - Falou enquanto se levantava lentamente sobre as costas da  zebra em alta velocidade. E ao avistar o guepardo já à frente de toda a  manada, pula o homem à frente da zebra e olhando para o guepardo, corre  como nunca antes tinha corrido e vai cada vez mais avançando em grande  velocidade.
O homem tinha uma natureza eterna e seus sentidos eram  perfeitamente avançados, correr na velocidade de um guepardo não era o  maior desafio para a maior criação do Altíssimo. O homem corre olhando o  animal, com o rosto virado à ele e consegue alcança lo, mas logo após  percebe que o animal vai diminuindo a velocidade, até que para, ele não  entende e quando vira seu olhar para frente...

-Não!

Acabava de cair no rio novamente.
Solta então o homem uma singela e  verdadeira gargalhada, daquelas contagiantes e todos os animais,  parados na beira do rio, começam a gargalhar junto, cada um na sua  própria língua.

O Nascer da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora