Novo amigo.

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Voltei para onde estavam minhas coisas e vesti minha roupa. Antes de pensar em ir embora eu me sentei em uma pedra e fiquei ali com cara de bobo, sorrindo. Eu não sabia o motivo. Espero que eu esteja tendo um problema no cérebro que me faz rir a toa, imagina é paixão?

Decidi que ia para a casa de Bea, ignorando o fato de ela estar com um garoto lá. Tentei me teleportar para fora da casa dela, para não pegar ela e o ''amigo'' de surpresa, mas infelizmente não consigo. Então tentei me teletransportar para seu quarto, um lugar que eu conhecia muito bem, e finalmente consegui.

Assim que chego em seu quarto, vejo ela beijando o garoto sentada no colo dele, e assim que o garoto me vê, ele joga ela pro lado e se teleporta, do jeito em que estava, só de cueca. O garoto não era estranho, pelo contrario, tinha cabelo preto, olhos castanhos,pele morena e o corpo todo forte e definido.

- QUE PORRA LEONARDO! – Gritou Bea assim que o garoto sumiu.

- DESC... - tento falar.

- DESCULPA O CARALHO, ELA ERA LIN..- O garoto se teleportou de volta para o quarto de Bea, e deu um susto em nós dois.

- Eu esqueci minhas roupas...- Eu não tive outra reação a não ser rir.

- Nossa, desculpa, eu pedi para esse maluco – Bea estava começando a gritar – Não nos atrapalhar mas parece que ele não deu bola!

- Eu precisava falar com você ué. – Respondi rindo.

-Tudo bem, outra hora continuamos- Disse o garoto piscando para Bea. Ele se virou para mim e sorriu – Se você quiser continuar com a gente. – Ele falou na cara dura, sorriu e piscou para mim.

-Não, muito obrigado, sou hétero..- Antes que eu pudesse terminar minha frase, o garoto correu, numa supervelocidade até mim e me beijou.

- VOCÊ TEM ALGUM PROBLEMA?- Gritei em quanto o empurrava longe. Ele riu. Não aguentei, joguei duas bolas de fogo que queimou todo o peito dele, que gemeu de dor. Quando eu ficava com raiva, eu não conseguia me controlar e lançar bolas de fogo é fácil.

- Esquentadinho você hein? – Ele disse enquanto seu peito cicatrizava.Essas habilidades de bola de fogo e cicatrização são muito básicas, até sem muito treinamento você consegue.É claro que eu só o queimei pois sabia que ele poderia se cicatrizar facilmente. Normalmente, são poucas as marcas que um Power tem no corpo. As marcas que ficam cicatrizadas em nosso corpo, são como fortes emoções. Como a de ver alguém que você ama morrer,ou, matar alguém.Matar uma pessoa comum não é algo muito especial para um Power. É claro que ele se torna um assassino, como todos os seres humanos comuns, mas, se um Power mata outro Power, ele recebe todo o poder da melhor habilidade do Power que ele matou. Por exemplo: Se um Power mata um Power com muita habilidade em controlar a água, que sabe mudar os estados físicos da água sem problemas,e etc ... O Power que o matou acaba recebendo essa habilidade além da sua. O que vem sendo o motivo de vários Power's serem mortos por apenas serem habilidosos, o motivo de uma guerra estar prestes a começar.

- Você não faz ideia. –Respondi seco.

-Ai Leonardo, só você mesmo hein, que saco!- Resmungou Bea.

- Leonardo? Então temos um nome? Só nos falta um sobrenome não é?- O garoto perguntou na cara dura. ELE É MALUCO?.

- Não falta porra nenhuma- respondo num tom bravo.

- LEONARDO ALVES!- Gritou Beatriz – O sobrenome é Alves – Disse beatriz um pouco mais calma.

- Obrigado gatinha – O garoto sorriu e piscou para Bea, que retribuiu o sorriso.- Enfim. Preciso ir – ele andou em direção a roupa. Fiz um gesto com a mão e a roupa veio até mim. – O que? – Ele perguntou com uma expressão de desentendido no rosto.

- Você sabe meu nome, eu não sei o seu. – Disse para ele que logo sorriu de orelha a orelha.

- Bruno – Respondeu ele vindo em minha direção- Bruno Vega. –Ele parou de frente pra mim e ficou sorrindo.

-Nunca mais roube um beijo meu Bruno Vega. - Disse enquanto queimei sua roupa que estava numa de minhas mãos. O fogo que queimou as roupas dele, foi um fogo controlado que saiu direto da palma de minhas mãos, foi um fogo muito quente, que apenas pelo toque no tecido, o mesmo se desintegrou. – Você ainda teve sorte de eu te deixar de cueca -Me viro para Bea- Me manda mensagem Bea.- Me teleportei para meu quarto.

Chegando em meu quarto, logo deitei em minha cama e comecei a rir do que tinha acabado de acontecer. Aquele menino deve ter achado que eu era louco. Mas ele me beijou e eu não senti nada diferente. Eu beijei um menino e não senti nojo, ou medo. O que estava acontecendo comigo?

Não deu nem o tempo de eu parar de rir quando Bruno se teleportou para meu quarto, mas ainda sem cueca.

- Que isso menino?- Perguntei. - Como descobriu onde eu morava? – Ele riu e revirou os olhos- Bea- Eu disse revirando os olhos.

- Gostei de você- Disse ele se aproximando de mim. – Você é engraçado, e me deve uma camiseta, um short, e um tênis. – Ele disse rindo.

- E a cueca? O que aconteceu?- Respondi logo imaginando que Bea tinha pegado para ela.

- Esse é o meu presentinho pra você- Disse ele jogando a cueca na minha cara.Eu fiquei la parado, e a cueca acertou direto na minha cara. Revirei os olhos. – Te vejo amanhã? – Disse ele com um sorriso no rosto.

- Eu nem te conheço menino- Respondo na lata.

- Léééoooooo- ouvi James me chamar do andar de baixo da minha casa.

- Vai, vaza logo. – Falei para bruno me aproximando, virando ele e levando para a janela.

- Eu preciso de minhas roupas, você não acha?- Ele riu.Bufei.

- Ai caralho, ta.- Resmunguei.

-EU TO SUBINDO LEONARDO, E ESPERO QUE VOCÊ ESTEJA SOZINHO E QUE ESSA VOZ SEJA A TELEVISÃO – Gritou James. Ouvi os passos dele subindo as escadas e corri para a porta para criar uma barreira contra o som.Corri para meu guarda-roupa, pegando a primeira calça, camiseta e cueca que eu vi pela frente e entregando para o garoto.

- Não diga que eu nunca te dei nada- Disse enquanto ele vestia a cueca e o short.

Ouvi o barulho de James batendo na porta e gelei.

- Só saio se me prometer que vamos nos ver amanhã.- O garoto disse na maior cara de pau. Eu concordei com a cabeça e ele aproximou e me roubou um beijo- Ai caralho, fiz de novo- Disse ele assustado. ELE NÃO ENTENDEU QUE EU SOU HETERO??

- Vai – resmunguei. Ele se teleportou, e eu só tive tempo de me deitar na cama enquanto James apareceu com um olhar sério.

- Você sabe as regras. Quer trazer alguém para o seu quarto, esse alguém tem que passar pela porta da frente.- Eu apenas ri. – Inclusive, temos visitas. - o que mais pode acontecer ?.

- Quem? –Perguntei.

- Sabe aquele garoto e seu pai que vimos na floresta?- Concordei com a cabeça- Eles são os nossos mais novos vizinhos, e nada melhor que um jantar de boas-vindas você não acha? – Ele disse sorrindo. Bufei.

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