Capítulo 12

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Domingo chegou rápido e eu não recebi mensagem de Scott desde que acordara pelas 10:30 da manhã.

Fiquei no sofá com a minha mãe assistindo desenhos quando ouço alguém bater na porta.

- Eu atendo. - anunciei e fui até a porta.

- Oi !!

- Ah, oi Prya. Entra. - dei espaço pra ela entrar e cheguei com ela à sala

- Ai que droga. Você ainda está aqui ? - ela reclamou pra minha mãe

- Esta é minha casa. Menina abusada. - minha mãe respondeu

Era sempre assim. Essas duas sempre discutiam e as vezes eu ria de certas discussões.

Minha mãe até tentou me fazer parar de falar com Prya.

Mas nos conhecemos desde criança e é claro que eu não ia parar de falar com ela por implicância da minha mãe.

- Não tem que trabalhar ? - Prya disse

- Hoje é domingo. E você, não tem que trabalhar ? - minha mãe indagou

- Só a noite. - ela disse. - Vamos sair Chloe ? - ela me chamou

- Pra onde é que você já ta chamando a minha filha, Prya ? - minha mãe indagou

- Não tem com o que se preocupar. - prya disse

- Vamos. - respondi enfim e minha mãe me encarou

- Chloe ! - ela gritou

- Calma mãe. Eu aviso onde estou. - falei sorrindo e lhe dando um beijo na bochecha

- Um a zero pra mim, coroa. - Prya disse rindo e me empurrando pra fora de casa.

(...)
Contei para Prya sobre o "quase beijo" que ia acontecer se ela não tivesse chegado e ela me pediu mil desculpas.

- Não tem por que se desculpar. Aquilo teria sido um grande erro. - falei pegando uma batata

- Por que ? - ela perguntou bebendo seu refrigerante diet

- Porque até onde eu sei, ele pode ter matado alguém. - falei sendo óbvia

- Fala do dia do beco ? - sim, eu contei a ela tudo que eu sabia sobre Dim

- Não. Quer dizer ... eu não sei. Ele pode ter matado alguém antes de entrar no departamento. Além disso, eu não sei se ele matou mesmo o cara do beco. - falei indiferente

- Hmmm... sexy ! - ela disse colocando o canudo na boca

- Vai fundo ! - falei

- Sério? Ele está 100% livre ? Você não está a fim dele ? - ela se empolgou

- An-an. O sinal está verde pra você. - falei me servindo de mais batatas.

- Oba ! Mal posso esperar. - ela disse maliciosamente

- Enquanto a Scott e Jones ? - perguntei

- Scott está frio comigo. Não ligou mais desde o ocorrido. Jones ... disse que quer manter uma "amizade" e que sempre me admirou na universidade. - ela riu abafado e revirou os olhos

- Nossa, que sem noção. - falei

- Realmente.

Depois que cheguei em casa, jantei e conversei com a minha mãe.

Subi pro quarto e tomei um banho pra dormir.

Não tive notícias de Scott e muito menos de Dim.

O que me preocupou um pouco.

(...)
Cheguei no departamento e me deparei com Rose, algemada e ajoelhada no chão.

- Achamos ela tentando pegar uma arma de choque do policial. - O tenente veio até mim

- Rose ? - a chamei e ela me olhou.

Começou a se alterar e quando veio pra cima de mim, foi puxada bruscamente pelos policiais que a seguravam.

- Levem ela ! - o tenente falou e a puxaram, levando -a para cela.

- ...

- Temos um novo assassinato Chloe. Na oficina de carros ! - ele me disse sério

- Sim, senhor. - ele saiu e quando me virei, dei de cara com Scott.

- Precisamos conversar. - ele disse e fomos pro canto

- E aí ? - perguntei

- É estranho. Não temos nenhum registro de trabalhos anteriores de Dim e ele também não tem escolaridade e muito menos faculdade. Não sei explicar como ele conseguiu entrar aqui. Portanto, sem registros, sem fixas de crimes. Porém, eu o segui até sua casa ontem e conversei com um dos seus vizinhos. Todos dizem que não conhecem Dim, que ele é na dele e tudo o mais. - Scott acabou de falar e as palavras estavam ecoando em minha mente

- Isso não faz sentido... - baixei a cabeça e o vi entrar no departamento. - Obrigada Scott. Tenho que ir

- Nada.

- Dim. - falei

- Hey, detetive. - ele disse calmo

- Temos um caso pra resolver. Na oficina de carros. - falei o puxando para o meu carro

- Soube que pegaram a Rose. - ele disse enquanto entrávamos no carro

- Sim. Levaram -a para cela. Estava tentando pegar uma arma de choque. - falei secamente

- Já superou o fato de meus mistérios ? - Eu o olhei com raiva

- Não. E até eu descobrir, vou te tratar apenas como um colega de trabalho. Nada mais. - falei olhando pra estrada.

Eu estava decidida.

Como certeza havia algo errado com ele, que obviamente ele não iria me contar.

Então eu também não iria te falar mais nada a meu respeito.

Encostei o carro na oficina e saí do mesmo. Sem esperar por Dim.

Encontramos um corpo ensanguentado com uma ferida enorme e feia na cabeça. Aliás, a única ferida que tinha no corpo.

Peguei a carteira do mesmo no bolso li seu nome.

Marcos Moura de Lima.

- Hm ... parece que Marcos tinha um inimigo. - Dim comentou aparecendo ao meu lado

- Como sabe ? - indaguei

- Olhando para a tatuagem em seu pescoço.

Era uma tatuagem de um tigre. Uma garra de tigre pelo menos.

Escrito "Tigres"

- Isso não quer dizer nada. - falei

- Caso não saiba, detetive, Tigres significa um grupo de caras barras pesadas. - ele disse com as mãos nos bolsos da frente da calça jeans

- Entendi... se são um grupo de malfeitores, devem ter um grupo adversário, certo ?  - ele assentiu.

- Os corvos. - ele disse

- Os corvos ? Que nome ridículo para um grupo. - falei para mim mesma e liguei para o departamento

                                                                     

Obrigado por lerem até aqui ! 💙
Espero que estejam gostando.

Frase de hoje:

A verdade é que todo mundo vai te machucar. Você apenas tem que encontrar aqueles pelos quais vale a pena sofrer.

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