Capítulo 33

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Dim estava no quarto da minha mãe, conversando com ela e eu aflita na sala de estar.

- Fica calma Chloe. - disse Bruno

- Não consigo ...

- Não faz diferença. - o olhei

- Hã ?

- De qualquer jeito você vai continuar com ele não é ? Então não faz diferença sua mãe aceitar ou não esse relacionamento. - disse ele balançando as pernas

- Faz toda a diferença Bruno. - falei e nesse momento, minha mãe e Dim voltaram

- Vem. - Dim me estendeu a mão e eu a peguei

- Bruno, eu tenho que ir até o mercado, você pode me acompanhar ? - disse minha mãe

- Claro. - Bruno levantou e a seguiu

Dim me levou até meu quarto e me sentou na cama.

- E aí ? - perguntei

- Ela não aceitou nenhum pouco. - disse ele sério

- Como assim ? O que você disse à ela ?

- O mesmo que você. Mas ela ficou querendo saber dos meus pais e do meu passado... - disse ele

- E ? Era só mentir. - respondi

- Foi o que eu fiz. Mas ela achou tudo muito suspeito. Acho que ela lembra de mim, quando eu trocava algumas palavras com o seu pai. - disse ele

- E agora ? - perguntei desesperada

- Ela disse que não confia em mim perto de você e portanto, não quer que eu chegue perto dessa casa nunca mais.

- Não. Ela não pode fazer isso ! - fui até ele, sentando em seu colo

- Ela já fez, anjo. - disse ele, me envolvendo com os braços

- Não, você não vai ficar longe de mim. - o abracei

- Não irei. - o olhei

- Sério ?

- Eu te quero. E essa é a única certeza da minha vida Chloe. - o beijei e ele me deitou na cama

- Eu te amo. Pra sempre. - sussurrei

- Eu também te amo. - ele voltou a me beijar

Depois de alguns minutos, eu ouço meu celular tocar.

- Alô ?

É a Chloe ? - era a voz de uma criança

- Sim, é ela mesma ! Quem é ?

É a Miranda, sobrinha da Mih.

- E o que houve ?

Ela ta deitada aqui na cama desde ontem, e não acordou até agora ... e está muito branca. E ela me disse, que se ela não acordasse mais, era pra mim ligar pra você.

Meu coração parou.

- Você pode me passar o endereço da sua casa e tudo o mais ?

Arran.

Depois de anotar tudo, eu comecei a chorar desesperadamente e levantei da cama.

- O que foi anjo ?

- Acho que a Mirian morreu. - falei

- Quer que eu vá com você ?

- Não, minha mãe vai ir junto e ...

- Tudo bem, me mantém informado. - ele me abraçou e me deu um beijo

- Ta, beijo.

Corri lá pra baixo.

- Filha, eu tenho que te contar uma coisa. - minha mãe chegou

- Mirian está morta ? - indaguei

- Como você sabe ?

- Uma garotinha me ligou falando e eu ... nós temos que ir pra lá agora !

(...)
Quando paramos em frente a um portão de ferro todo enferrujado, eu soube que estávamos no lugar certo.

- Ô de casa ?? - uma menina aparentemente de 15 anos me atendeu

- Você é a Chloe ? - ela perguntou

- Sim, e essa é minha mãe. - falei

- Pode entrar. - disse ela, com um ar triste

- E aí, cadê ela ??? - perguntei na esperança de ser tudo mentira

- Já foi levada pra autópsia.

- Então ... como aconteceu ?? Vocês tem alguma idéia pelo menos ??

- Chloe, calma. - minha mãe pediu

- Quando ela veio pra cá, ficava indo direto pro hospital. E eu achei essa receita aqui . - a menina me entregou uma receita de remédios

- Ela tinha uma doença terminal ? - perguntei olhando pra minha mãe

- Ela me disse que sentia muita dor mas era suportável por conta dos remédios que tomava. Ela nunca me deixou te contar para não te preocupar.

- E COMO ACHA QUE EU ESTOU AGORA ??? - Chorei muito

- Calma Chloe !

- Onde você estava quando ela morreu ? - perguntei pra menina

- Na rua.

- A quantos dias estava na rua ?

- Cinco dias. - ela respondeu friamente

- Me leva pra sala de autópsia. Eu não conheço nada por aqui. - falei séria

- Ta.

Entramos no carro e ela começou a guiar o caminho.

- É aqui. - ela disse

- Tudo bem, vamos. - Minha mãe disse

- Vamos. - quando tentamos entrar, o cara nos barrou

- EU SOU A FAMÍLIA DELA ! -Berrei

- É mesmo ? Onde a senhora estava quando ela morreu na própria casa ? - ela estava calmo. Eu abaixei a cabeça

- Longe ... - disse sentindo outras lágrimas se formarem em meus olhos

- Moço, a Mirian praticamente não tinha família, eu e minha filha somos a única família dela. Nos deixe entrar por favor. - disse minha mãe

- Eu não posso permitir isso senhora.

- EU NÃO QUERO SABER ! - empurrei o homem com toda a força que eu tinha e passei correndo por ele, entrando na sala de autópsia

Para minha sorte e do meu estômago, ela já tinha sido autopsiado.

Por que eu não aguentaria ver o corpo dela todo aberto.

- Quem é você ? - o homem perguntou

- A filha dela. - falei

- Am ... eu sou o Nathan, muito prazer. Então ... parece que o corpo da sua mãe foi apodrecendo por dentro. Tanto que os pulmões já estavam todos pretos, o que significa que ela era fumante. E para piorar, ela tomava remédios muito fortes. Até que seus órgãos não aguentaram mais. - nunca pensei que um dia ficaria desse lado da autópsia

- Não acredito. - me debruçei nela e chorei

- É ELA, PEGUEM -A ! - dois seguranças entraram e me tiraram de cima dela

- EU TE AMO MIH !! - gritei chorando horrores

                            

Obrigado por lerem até aqui. Estamos chegando ao final dessa história :)
Espero que estejam gostando💜

Frase de hoje:

Ela adorava a chuva. Deve ser por isso que seus olhos choviam todas as noites.

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