Na mitologia Nórdica os "Edas" mencionam uma classe de seres, inferiores aos deuses, mas que, ainda
assim, possuíam grande poder: eram chamados Elfos. Os espíritos brancos, ou Elfos da Luz,
eram dotados de grande beleza, mais brilhantes que o sol e traziam vestes delicadas e
transparentes; amavam a luz, eram benevolentes para com a humanidade e, em geral, tinham o
aspecto de crianças louras e belas. Seu país chamava-se Alfheim e era domínio de Freyr, o deus
do sol, sob cuja luz os elfos estavam sempre brincando.
Os elfos negros, ou Elfos da Noite, eram criaturas diferentes: anões feios, narigudos, de
uma cor escura e suja, que apareciam somente à noite, pois evitavam o sol como o inimigo mais
mortal, uma vez que, se os raios solares caíssem sobre eles, os transformavam imediatamente
em pedras. Sua linguagem era o eco das solidões e suas moradas, as cavernas e covas
subterrâneas. Supunha-se que eles tinham surgido como larvas, produzidas pela carne em
decomposição do cadáver de Ymir, e receberam depois, dos deuses, uma forma humana e
grande inteligência. Distinguiam-se, particularmente, pelo conhecimento dos poderes misteriosos
da natureza e pelos caracteres, que gravavam e explicavam. Eram habilíssimos artífices e
trabalhavam em metal e madeira. Entre suas obras mais notáveis estavam o machado de Tor e o
navio "Skiddaladnir", que ofereceram a Freyr e que era tão grande que nele cabiam todas as
divindades com suas armas e utensílios domésticos, mas construído com tal habilidade que,
quando dobrado, podia caber em um bolso.