Um

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Adopted│Um

~Esperanças~

A noite estava calada. Eu permanecia ajoelhada em minha cama, com as mãos juntas, pedindo á Deus —pela quinta vez aquela semana — que uma família viesse me buscar. Depois de uma longa oração, eu fiquei a observar a janela. A lua e as estrelas. Apenas uma não  brilhava. Eu me denominei á ela. A que nunca brilhou, e que provavelmente nunca iria brilhar.

Segurando tímidas lágrimas, eu deitei-me em minha cama que ficava ao lado da de Joseph. Eu o observei, ele ainda permanecia com os olhos abertos.

— Você sempre me disse que nunca seria como a estrela mais brilhante. — Disse ele, com olhos pesados, embaixo da coberta. — Mas eu discordo plenamente. Você sempre será a mais brilhante, Phoebe.

Eu sorri ao ouvir sua voz rouca e cansada emitindo aquelas palavras tão meigas.

— Eu te amo Jo. — Digo sorrindo.

— Você sabe que eu também. E não pare de ter esperanças sobre ser adotada. Eu acredito nisso. — Ele diz e se acomoda mais uma vez na cama, e dorme.

Eu o acompanho no sono profundo. Esquecendo todos os meus problemas. 

 [• ]


— Phoebe acorda! — Joseph pulava em cima de mim. 

Soltei alguns rosnados e cocei meus olhos. Me descobri dando atenção á ele.

— A Esther está te chamando, se apresse! — Ele diz, e sai de cima de mim.

Coloco mais rapidez em meus movimentos. Me visto rapidamente e penteio meus cabelos.

— Eu acho que você foi adotada senhorita Phoebe. — Ele diz, acompanhado de risos, enquanto está na porta do banheiro me observando.

— Eu acho que é mais uma bronca por eu dormir tão tarde. — Digo, e ando com passos velozes saindo do quarto.

Desço as escadas, logo me encontrando com Esther.

— Por que a demora? — Ela pergunta.

— Eu acordei agora. — Digo, abanando a saia, para tirar qualquer pequena poeira.

Ela sorri á mim e faz gestos com a mão para eu acompanhá-la. Eu a acompanho até sua sala, onde estão um homem e uma mulher que eu diria com seus 40 anos. Ela me direcionou com seu olhar para a poltrona, e eu me sentei nela, á frente do casal. Esther saiu da sala, dando nos livre arbítrio. 

— Olá. — A mulher disse, e sua voz suava suave e calma. — Phoebe, não é?

Assenti com a cabeça, sorridente. 

— Eu e meu marido— Ao dizer, olhou para o homem que permanecia do seu lado. — temos uma ideia concreta de adotar uma menina a muito tempo.

— Olhamos seu currículo, e achamos a ideal para nós. — O homem diz e sorri.

Meus olhos brilham, um sorriso esboça sob meus lábios.

— Já falamos com todos os responsáveis do orfanato. Documentos já foram analisados, preenchidos... — Ela diz e me olha sorridente. A moça parece estar a ponto de chorar. — Agora só falta a permissão do juiz. 

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