Quando abri os olhos percebi que não estava em casa. Aquele sofá era macio demais pra ser da Tia Deise, percebi também que tinha uma bolsa de água na minha cabeça. Não vi ninguém por perto, então me levantei o mais rápido possível pra ir para casa. Tentativa falha, assim que fui dar o primeiro passo quase que cai no chão se não fosse por dois braços fortes.
-Você está se sentindo melhor?- Perguntou o garoto que suponho que tenha me ajudado a chegar aqui.
-Quem é você, cade a casa da minha tia?- Não queria ficar perto de um estranho, mesmo que ele estivesse me ajudando.
-Calma meu nome é Henrique, você esbarrou em mim e desmaiou.- Respondeu me entregando a bolsa de água.-Você sabe o numero da casa da sua tia?
-Não, eu cheguei não faz nem um hora!!!- Eu não estava afim de ficar ali, só queria ir para casa
-Na verdade faz muito mais que uma hora, só aqui você está desde as 14:30h e já está dando 16:00h.- Esse cara só pode estar me zoando, se fosse em São Paulo a policia já estava atrás de mim.
-Eu preciso muito ir pra casa, minha mãe deve estar querendo me matar- Tentei me levantar com muito esforço- Você pode me ajudar? Por favor?
-Pra que mais eu estaria aqui?- Respondeu sendo sarcástico.- Vem se apoia no meu ombro.- E foi o que eu fiz.
Logo que pisamos no jardim da sua casa, vi o carro da minha tia. Que sorte a minha!
-A casa da minha tia é logo ali, pode me soltar eu consigo ir sozinha.- Falei me soltando do Henrique.
-A Deise é sua tia? Ela é a melhor vizinha que já tive e falando nisso estou devendo uma visitinha á ela.- Disse me segurando para me acompanhar.
Assim que cheguei na porta fui entrando direto, estava louca pra saber o motivo de ninguém ter ido atrás de mim. Minha mãe estava na sala assistido TV, enquanto minha tia preparava o café da tarde.
-Mãe, a senhora não sentiu minha falta não?- Disse assim que adentrei a sala.
-Claro que não minha filha, achei que estivesse fazendo novas amizades.-E olhando para o Henrique concluiu.- E suponho que tenha feito, quem é esse menino lindo escorado na porta?
Eu tinha até esquecido da presença dele....
-Eu sou o Henrique senhora, e foi um prazer conhecer sua "querida" filha.- Ele só podia estar zoando com a minha cara. Fui em direção a cozinha já que estava morta da fome.
-Tiaaaa, não acredito que vocês não foram atrás de mim.- Falei indignada com a situação.- Eu estava desmaiada na casa de um estranho, vocês tem noção disso?
- Estranho? Que estranho Alana?- Ela perguntou finalmente prestando atenção em mim.
-Deeeise, eu sou o estranho, quer dizer pra ela né.- Disse o Henrique abraçado MINHA tia.- Eu disse que te faria uma visita um dia desses.- Se justificou para minha tia.
-Alana chama sua mãe para tomarmos café da tarde, ai vocês explicam que história é esse de desmaiar na casa do Henri.- Ela chamou ele de Henri? Fala sério! Tentei explicar que não desmaiei necessariamente na casa dele, mas ela fez uma cara tão feia que preferi chamar minha mãe.
Depois de explicar toda a "história" e comer muito, me levantei e fui em direção ao meu quarto. Até que minha tia me chamou.
-Ei, que tal sairmos para comprar os móveis para o seu quarto? Se o Henri quiser pode ir conosco.- Me perguntou e em seguida olhou para o HENRIQUE, á espera de uma confirmação.
-Eu acho uma ótima ideia, já que teremos que comprar mobília nova para sala também.- Acrescentou minha mãe, e antes de qualquer palavra minha determinou.- Saímos em 10 minutos.
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Por Um Final Feliz
Ficțiune adolescențiA felicidade está nas menores coisas, até mesmo onde não esperamos. Talvez um recomeço, uma reviravolta ou até mesmo o fim, é a resposta que esperamos encontrar.