PRÓLOGO.

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"E então, o príncipe olhou a linda jovem em seus braços e perguntou, Aceita se casar comigo?" Anne disse, suspirando. "Sim, ela sussurrou, Eu serei sua princesa."

Anne fechou o livro e colocou sobre seu colo.

"Eles viveram felizes para sempre?" Gemma perguntou, pulando de animação por toda a cama.

"Claro Gems." Anne disse sentada na cadeira ao lado da cama de Harry.

"Como você sabe?" Harry perguntou se deitando na pequena cama.

"Porque eles eram bons, bem comportados; se um deles fosse bagunceiro, o outro tinha que correr pra longe." Anne disse apertando a bochecha rosada de Harry.

"Que grande bosta!" Harry disse e Gemma revirou os olhos enquanto Anne balançava a cabeça, furiosa.

Como todo garoto de 5 anos, Harry Styles era feliz, despreocupado, alegre; tudo que um menino de 5 anos é. Ele tinha uma adorável mãe, Anne, um padrasto compreensivel, Robin, e uma não tão legal mas boa irmã mais velha, Gemma. Você até poderia dizer que Harry era uma criança normal.

Mas Harry tinha algo levemente diferente do resto das crianças nessa idade; alguma coisa que nem todos tem; algo que nem todos os adultos entendem; ele tinha um amigo imaginário.

E não, não era só um amigo imaginário, ele tinha Louis.

Louis era o amigo imaginário de Harry. Ele parecia ter pelo menos 18 anos, embora todas as vezes que Harry perguntava, Louis dizia algo como 568 ou até 1459 anos. Nunca a idade real. Como um pequeno duende, Louis pulava e ria alto todas as vezes que estava aprontando alguma coisa com Harry. Seu cabelo era castanho, e sempre uma bagunça em seu rosto. Com seus olhos azuis, ele convencia Harry de fazer qualquer coisa.

Enfim, Harry tinha Louis e Harry amava Louis. Mas não do jeito romântico e cliché, ew, não era esse tipo de amor. Harry era muito novo para ter esse tipo de amor e Louis era muito despreocupado até para pensar sobre o amor.

Tudo era perfeito para os dois, todas as vezes que Harry se sentia triste ou não tinha amigos para brincar, Louis aparecia e fazia o dia de Harry brilhar. E Harry amava isso de ter alguém como Louis que o entende e o apoia.

O único problema era que Louis era muito levado.

Sempre que Louis aparecia, Harry acabava com problemas. E não era a intenção do Louis, não. Era o seguinte, quando eles brincavam, não se preocupavam com o que era de Gemma ou a decoração cara na sala de jantar ou o tapete limpo na sala de estar. Eles não ligavam pra isso.

Mas toda vez que Harry tentava explicar que não era culpa dele, que foi Louis que quis quebrar pratos, brincar com lama ou usar a cabeça da boneca da Gemma para jogar golf, seus pais não acreditavam e culpavam Harry por todo o desastre.

Mas o que Harry poderia fazer? Ele tinha 5 anos e não importa o que ele dizia, ninguém acreditava. Ele tinha certeza que toda a culpa era de Louis. Louis tinha feito aquilo. Louis era real. Pelo menos pra ele.

Era sempre do mesmo jeito. Harry estava entediado, Louis aparecia e eles faziam alguma coisa que acabaria em problemas, repreensão, punições e às vezes Harry ainda ficava de castigo.

Tudo mudou em uma noite, quando Gemma e Harry estavam em casa esperando seus pais voltarem de um jantar. Gemma como sempre estava conversando com suas amigas, no celular e pintando as unhas. Gemma estava cuidando de Harry naquela noite, mas isso não significava que ela sabia o que Harry estava fazendo.

Harry, por outro lado, estava em uma grande guerra no seu quarto. Ele e Louis montaram fortes usando cobertores e jogavam coisas um no outro, recriando alguma guerra que nunca existiu. Harry, que tinha apenas 5 anos, não sabia como uma guerra era e estava ficando cansado, então ele fez um trato com Louis; Harry poderia ganhar se prometesse dar doce para Louis até o final de semana. Louis gostou do acordo.

O telefone começou a tocar e Harry murmurou, gritando para Gemma atender. Ele não obteve respostas da irmã, então parou sua brincadeira e saiu do quarto para atender o telefone.

"Haz, não atenda, deixa tocar." Louis disse, sorrindo largamente.

"Mas se eu não atender, mamãe e papai vão ficar bravos." Harry disse se virando para Louis "E se for uma ligação importante?"

"Se for importante não deveria ser Gemma a atender?" Louis disse erguendo as sobrancelhas.

É, talvez Louis estava certo. Harry tinha apenas 5 anos. Gemma tinha 12. Ela deveria antender o telefone.

Então Harry deixou o telefone tocar e eles voltaram para o quarto dispostos a brincar de alguma coisa até os pais de Harry chegarem.

Mas os pais de Harry nunca chegariam. Eles nunca voltariam.

Quando o telefone tocou pela segunda vez Gemma atendeu e recebeu a péssima notícia.

A ligação era do hospital, aparentemente os pais de Harry sofreram um acidente. Um desastre. A caminho de casa, enquanto Robin dirigia conversando com Anne, felizes e anciosos para ver seus filhos, eles não viram que um caminhão vinha em alta velocidade e Robin não conseguiu controlar o carro. O resultado, um acidente e os pais de Harry estavam mortos.

Aquele foi o último dia que Harry viu seus pais. Anne beijando sua testa, susurrando um Eu te amo enquanto pegava seu casaco no armário. Robin abraçando Gemma, dizendo para tomar cuidado e para ligar se precisassem de algo.

Aquele foi o último dia que Harry teve um dia despreocupado. O último dia que ele lembra ter visto Louis. No instante em que Gemma veio ao seu quarto chorando e o abraçando, Louis foi embora, desapareceu.

Harry tinha 5 anos e Gemma 12. E foram adotados. Por sua avó Nana, se não fosse por ela, eles teriam sido levados para um orfanato bem longe.

Naquele dia, Harry aprendeu que ele não vai sempre sorrir, que nem tudo fica bem e e que ninguém é para sempre.

drop dead lou » |larry au| ~ Tradução BR»Onde histórias criam vida. Descubra agora