Capitulo um

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–Puxa puxa! Como a hora passou rapidamente esta noite. – 

Bradei enquanto me espreguiçava ainda na cama, minha visão ainda estava embaçada, então tratei de levantar lentamente até ficar em pé, após alguns minutos remexendo em meus cabelos, ouvi um barulho vindo da sala, tentei reconhece-lo, mas, sem sucesso corri para o cômodo, ao chegar, avistei meu celular vibrando  em cima da mesa, ele já estava quase indo de encontro ao chão quando rapidamente o agarrei com as mãos. 

Em sua tela, o despertador exibia um horário, claramente ultrapassado, e junto um toque irritante. Após algumas tentativas de desliga-lo. Obtive sucesso, mas ao mesmo tempo meus olhos se arregalaram, quando finalmente consegui olhar para a hora, já passava das 07h30min, horário em que o ônibus passava em frente a minha casa.

–Meu Deus! Estou atrasado para o trabalho. – Expressei enquanto olhava loucamente para a sala em busca de minha calça jeans, após achar a mesma, corri rapidamente para o banho, e com uma pequena careta, encarei o chuveiro, que por sorte estava quente. Posteriormente vesti minha calça, coloquei minha blusa social e corri para o ponto mais próximo, pois eu já não podia atrasar novamente, minha cota de faltas e atrasos estava até o topo, junto com a paciência e compreensão de meu chefe, que já havia me advertido sobre uma possível e breve demissão.

–Bom dia senhora! Poderia me dizer se o ônibus das 07h55min, já passou? – Perguntei enquanto tentava recuperar o meu folego, para uma senhora que lavava sua calçada.

–Olha, ainda não moço, pois no sábado ele só passa 08h12min.

–Oi? Poderia por gentileza, repetir o dia da semana?

–Sábado moço! Aquele dia que vem depois de sexta e antes de domingo. – A horrível moça tagarelou enquanto debochava de minha expressão que há poucos segundos era de pânico e agora de raiva.

–Certo! Agradeço pela informação útil senhora.

–Por nada! –

E com essa última frase, voltei calmamente para casa, enquanto pensava no quanto eu era um ser ridículo, ao chegar, observei novamente o cômodo, que há poucos minutos havia me tornado um flash da vida.

–Como pode isso Deus? Que mal eu fiz para o senhor permitir tamanha desgraça em meu dia? Eu raramente murmurava sobre as coisas que ocorriam em meu dia, mas aquela estava pedindo!

E então, após verificar em pelo menos quatro calendários de que realmente era sábado, decidi que passaria o resto do dia no sofá, com a tevê a cabo ligada em algum programa de documentários animais. Passou-se algumas horas, até que a noite finalmente apareceu, após tanto refrigerante, senti vontade de ir ao banheiro.

–Puxa! Olha o tamanho desta senhora barba! Hum, acho que serei obrigado a apara-la, bem, acho que vou ao mercado comprar um barbeador. – Dialoguei comigo mesmo em frente ao espelho do banheiro enquanto passava as mãos entre minha barba, e assim, desta vez fui calmamente até o mercado mais próximo, que ficava a cerca de duas esquinas de distância.

–Meu deus! Como estão caras essas laminas! Tão pequenas, mas tão caras. – Exclamei enquanto olhava o preço de várias laminas amontoadas na prateleira.

–Está caro mesmo né! – Declarou um homem que estava ao meu lado.

–Estão nos roubando na cara dura! – Afirmei enquanto dava risada junto ao desconhecido.

–Olha, se você estiver interessado, eu conheço um lugar que é possível comprar mais laminas por um preço menor. –Ofertou o desconhecido.

–Opa, não são roubadas né?

–Não! Elas vem direto da fábrica, é que a empresa é do meu irmão e ela está começando agora no mercado.

–Certo, estou interessado. – Proferi, com um tom de voz desconfiado.

–Beleza mano, me segue aí. – Comunicou o rapaz, e meu deus, como eu odiava ser chamado de mano, mas a principio seria por um bom motivo. E desta maneira, saímos do mercado que já se mostrava vazio, caminhamos até uma pequena van que estava estacionada atrás do mercado.

–Abre aí mano, consegui um cliente. – Bradou o desconhecido enquanto batia rapidamente sobre a porta traseira da van, e então, a porta se abriu, apresentado uma mulher baixinha morena.

–Então, vai querer oque tio? – Falou enquanto direcionava seu olhar para mim.

–Ow mano, passa aí pra ele aquele pacote de laminas. – Ordenou o rapaz, que já parecia ter um tempo de convivência com a mulher.

–Ta aí ow tio. O negocio é bom.

–Obrigado! – Falei constrangido, sinto que eu não conseguiria ouvir por muito tempo alguém mandando em uma mulher.

–Quanto é? – Gesticulei enquanto tirava minha carteira do bolso.

–R$12,00 mano.

–Está na mão moça, valeu aí! – Paguei o produto e fiz um sinal de beleza para os dois, estava feliz por no pacote, tinha cerca de 15 laminas, prontinhas para uso! Voltei para casa sorridente enquanto olhava pela câmera do celular, já até estava começando a me despedir de todo aquele pelo em meu rosto. Quando finalmente adentrei a minha casa, corri para o banheiro, e comecei a preparar para a limpeza, abri com cuidado o pacote, peguei uma lamina e encaixei em meu barbeador, passei toda a espuma de barbear e logo, sem demora, comecei o massacre. Passava levemente por todos os cantos de meu pescoço, que aos poucos retornava a maneira original.

Em torno de 30 belos minutos, voltei a ter a aparência de um bebê, e puxa, que bebê eu era! Para vocês que devem estar se perguntando como eu sou, vou me descrever, mas atenção! Sente-se, pois você irá ficar sem folego ao me imaginar! Sou um belo rapaz, com uma estatura de 1,85 cm, tenho em torno dos 75 Kg, bem distribuídos! Meu cabelo é preto da cor do céu noturno e minha pele é branca cor neve! Meu físico é bastante atraente pelo fato de ser definido, e meus olhos verdes-claros deixam qualquer mulher sem palavras. Mas o meu defeito é ser antissocial, pois, a vontade de ficar em casa me domina por completo. Ah e meu nome é Alex Parker!

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⏰ Last updated: Jul 27, 2016 ⏰

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Homem BarbaWhere stories live. Discover now