VIDA DE PORCELANA

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Seu amor foi como um vidrinho
de esmalte colorido que pincelou no meu coração de isopor.
Foi corroendo aos poucos e virou um buraco na superfície do meu coração, foi ficando cada vez
mais profundo, quando me dei conta da situação, eu já não possuía mais um coração e hoje carrego comigo um buraco no peito.
Intocável por qualquer outra mão humana.
Quando dizem que eu faço drama e me chamam de profana eu encosto o corpo na grama e vivo
a minha vida de porcelana.

(Beatriz Santos)

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