Cap.1

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[9 anos depois...]

Mais um dia de escola. Não vejo a hora de chegar as férias ou melhor ainda, meu aniversário de 16 anos.

Hoje é o segundo dia de escola.

A parte boa? Meus amigos.

A parte ruim? Professores mandões.

- Anda Safy. Levanta.- Escuto minha mãe gritar.

- Ah escola que se dane. Não vou me apresar.- Grito irritada.

- Garota olha o respeito.- Ela grita de volta.

- Tô nem ai.- Resmungo e vou para o banheiro.

- Como é Safrilly?- Odeio essa audição super aguçada da minha mãe.

- Tô indo tomar banho.- Digo tediosa. Não que eu tenha medo da minha mãe. Apesar que tem vez que ela mete medo na gente.

- Bom em?!- Ela grita. Queria ser uma loba e ter todos os sentidos aguçados. Como por exemplo o olfato do meu pai. Super apurado.

Tomo banho na água morna e me ensaboo com o sabonete e depois que tiro a espuma, uso meu shampo favorito de chocolate.

Depois do banho, coloco o uniforme ridículo da escola da alcateia. Ele só tem duas opções de botinhas, que para mim não combinam muito não.

Escovo meu cabelo azul.

Quando eu o pintei e meu pai viu. Ele literalmente pirou. Minha mãe achou lindo e a danada disse que ia pintar o dela de vermelho por lembrar bons tempos. Imagina a resposta do papys.

- Nem pensar Skye. Você não tem mais idade para isso.-Ele não devia ter falado isso, pois segundo seguinte minha mãe pirou.

- Seu cafajeste. Esta me chamando de velha?- Quando ele ia dizer algo...- Não responda. Um dia você vai me ver entrar por essa porta toda ruiva e gostosa, enquanto você fica ai um velho enrugado e babão. A propósito vai dormir duas noite no sofá e duas semanas sem perseguida.- Não deu uma semana para mim acordar no meio da noite e sair correndo.

Cara minha mãe quando esta com meu pai naqueles momentos, ela não geme, ela grita. Que horror!

Pelo que eu sei, minha irmã ia ficar na casa da sua única amiga esquisitona e meu irmão ia passar a noite fora. Aposto que ele estava na casa de algum colega joga X-Box.

Naquela noite quando eu corri. Fui até a praia e vi o longo oceano. Uma sensação de alivio e paz se passou pelo meu corpo.

La eu me sentia mais em casa do que na minha própria casa com meu pai colocando umas pai de regra que obviamente minha mãe quebra todas.

- Anda Safy.- Saiu dos meus pensamentos com minha mãe gritando.

Desço e não vejo meus irmãos.

- Cadê meus irmãos?- Pergunto vendo papai tomando café e lendo jornal sentado em sua cadeira de sempre, aquela que fica sozinha na ponta da mesa, a qual quando eu era criança batizei de "A solitária". Bom, eu era uma criança inocente e não sabia batizar as coisas muito bem.

- Já foram.- Ela diz e coloca meu café da manhã, ou seja, torrada com requeijão e leite com achocolatado.

Como depressa e dou um beijo na bochecha do meu pai e outra na da minha mãe e saio correndo.

Horrível correr de salto.

- Safy espera.- Escuto a voz do meu pai.

- Desculpa pai, mas estou atrasada.- Digo e volto a correr.

Maré Do Olhar 2TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora