capítulo 2-no jardim da escola

75 5 1
                                    

No começo da aula meu bracelete começou a piscar, não piscar tipo uma luz de farol, mas uma pequena luz vermelha que pisca suave, mas percebi que o relógio do agente Matias também começou a piscar.

Logo agora, na aula!!!

Era uma convocação, eu tinha que ir pra filial da agência, e rápido, mas como não iriam perceber, sério, se eu"passasse mal" , iriam perceber que não era coincidência no mesmo instante, o aluno Matias também passar mal, mas mesmo assim, eu tinha que fazer algo para sair dali, então fingi passar mal, e a professora caiu que nem um patinho! Saí escondida da escola, aluguei uma bicicleta e fui há uma loja de doces, que era mais como um disfarce para a agência, entrei lá e a dona me pergunta:

"Em que posso ajudar?"

"Não preciso de ajuda, sei me virar sozinha."

Era a frase chave pra ela me levar ao estoque de doces, onde tinha uma passagem secreta que funciona com digital, coloquei meu dedo e, na hora, uma passagem se abriu no chão, ía começar a descer quando ouvi uma voz familiar:

"Me deixou sem desculpa pra sair da sala né."-falou em tom brincalhão

Era Matias, atrás de mim, então me virei e respondi:

"Queria que eu falasse o quê? Ou você ía usar aquela desculpa, ou eu, e eu preferi o eu"-eu disse, brincando também.

" Que seja, vamos logo, já estamos atrasados"-ele disse, um pouco mais sério.

Então descemos as escadas e seguimos reto, até encontrarmos uma porta com reconhecimento facial, eu ía posicionar meu rosto para o reconhecimento, quando ele entrou na frente, mal deu tempo de eu falar alguma coisa e a porta se abriu, entramos e a secretária nos disse para irmos na sala de reuniões, era uma reunião coletiva, e o chefe entrou e começou a falar:

"Ouçam agentes, prestem muita atenção, há um maníaco, não um adulto, um adolescente, como vocês, que anda se infiltrando em escolas para roubar dinheiro da conta bancária de professores, funcionários e até da própria escola, o problema é que, como há tantos alunos nas escolas, ninguém consegue descobrir qual aluno é , já levaram meses para descobrirmos que era um aluno, um menino, agora, precisamos que vocês fiquem alertas, segundo as nossas investigações, o próximo roubo ocorrerá no internato Américo Vespúcio, fiquem alertas"

"DROGA!!!É o internato que eu moro, tenho que ficar alerta, se acabam com o dinheiro do internato, ele fecha, e minha missão, nesse momento, é impedir isso!"-pensei na hora.

Ouço os agentes começarem a ir embora, quando percebo Tânia, uma das agentes do internato, me chamando, sento em uma cadeira ao lado dela, quando os outros 3 agentes do internato chegam, Matias, Mariana e Paulo, então começamos uma pequena reunião entre nós:

"Que fique claro que qualquer menino do internato é suspeito, independente de quem for, geralmente, pessoas que enganam fácil se fazem de amigáveis, certinhas, só para se aproximar dos professores, fiquem atentos"-Tânia falou, como se alguém aqui já não soubesse disso!!!

"Enfim, precisamos ir antes que alguém estranhe, pois todo mundo daquele internato sabe que quando se está passando mal, se vai até a enfermaria para se constatar que não é nada sério, toma-se um remédio e volta às aulas normalmente."-Eu disse já meio impaciente, então fomos embora por caminhos diferentes, para entrar por lugares diferentes, e assim, ninguém desconfiar de nada.

Chego na terceira aula, faltando 15 minutos pro almoço, então, quando estou passando escondida pelo corredor do quartinho de limpeza, ouço uma conversa, é a Lorraine, conversando com uma de suas fiéis seguidoras, a Fabiana, odeio essas duas, elas se acham as lindas, gatas, perfeitas, e depredam os próprios uniformes, deixando a saia mais curta e a camisa mais"aerada", e então, pela curiosidade de saber da conversa, tiro minha escuta de distância do bracelete para ouvi-las melhor:

"Nossa Fabi, aquela menina estranha, a Luna, saiu da sala do nada, duvido que ela estivesse passando mal, pois segundos antes, ela estava normal conversando com as"amiguinhas" dela, e nós já procuramos ela pela escola inteira, acho que ela fugiu!"-Droga, logo essa vaca desconfiando de mim, na hora eu não pensei, só continuei ouvindo.

"É Lo, a gente tem que descobrir, eu quero muito Ferra aquela menina!"-Foi a vez da Fabiana falar, nunca entendi por quê ela me odeia, eu simplesmente não gosto do jeito delas, e por isso, não sou uma das pessoas que as"admira" por serem populares.

Mas nesse instante, ouço que elas se aproximam e então tiro a escuta rapidamente e guardo no bracelete, e volto a andar normalmente, quando passo por elas, sinto uma mão segurar meu braço, quando ouço a voz irritante de Lorraine dizer:

"Aonde você estava Luninha?"-ela disse em tom esnobe.

"Na enfermaria, como eu disse na classe, estava me sentindo mal, e fui pra lá."-eu disse no tom mais firme que consegui.

"Mas cinco minutos antes você estava tão bem né? Por quê essa mudança repentina?"

"E eu lá vou saber, comecei a me sentir mal, simples assim, e afinal de contas, não devo satisfação hà nenhuma das duas." Quando terminei de falar, o sinal tocou, puxei meu braço para me livrar das garras de Lorraine e fui para o refeitório, comi meu almoço e vim pré cá .

Vou parar de escrever agora, Julie e Lola estão falando comigo e eu nem estou prestando atenção.

Diário De Uma Espiã Adolescente Onde histórias criam vida. Descubra agora