XVII-O Imperador (Parte II)

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Ashitaka

É bom ver que a San está a conviver entre nós. Ela parece mais calma e isso agrada-me.

- Esses lobos são os teus irmãos?-perguntou curioso o Imperador a San, que por sua vez continuava a fazer festas aos lobos.

- Sim.

- WOW! Isso é incrível!

Quando San ouvio aquilo, ficou confusa e surpreendia.

- Senhor, nós viemos até aqui para lhe pedir algo.-disse.

- Pedir algo?

- Pare de destruir a Floresta...você não sabe aquilo que os animais, os Deuses, as plantas e até mesmo a San, passam quando os seus homens danificam os seus lares.

- Eu compreendo...mas não é assim tão facil como vocês pesam...

- O quê?! Basta disser aos seus homens "já chega de destruir a Floresta"!-Enervou-se San.

- Mas sem as coisas da Floresta, como é que a minha aldeia vai viver.

- Que coisas da Floresta?

- Madeira, plantas para medicina, minerais, ouro...e outras.

- Qual é a verdadeira razão?-pedi, ao perceber que havia mais oitra razão para a destruição florestal.

- N-Não há...outra razão...-gaguejou.

- Diga-nos, assim podemos resolver tudo.-Insisti.

- Como Imperador, ordeino que pare de me questionar!!

Silêncio.

- A Tomoko tem razão! Os humanos são piores do que os animais!! Eles não têm coração! E a minha escolha já está escolhida!

- San...essa não é a melhor opção!-Reclamei agarrando nos seus braços.

- Obrigado Ashitaka, mas se eles querem guerra, então é guerra que vão ter!

Ela montou o lobo saindo da sala.

- O que é que vai acontecer?-perguntou o Imperador nervoso.

- Algo que não pode acontecer.

***

Tentei acalmar a San, que estava num quarto, mas ela estava mesmo raivosa.

- Eu já decidi, Ashitaka, eu vou defender a Floresta!

- San, eu sei que não é isto que tu queres! Isso é o que sentes, mas não é o que queres.

- Mas vocês não vão pa-

Dei-lhe um abraço.

- Vocês, também és tu. Nós vamos resolver isto juntos, pelo melhor caminho. Confias em mim?

- Sim.

Dei-lhe um sorriso e ela retribuio.

San.

Adoro o Ashitaka. Ele consegue sempre fazer algo para me sentir bem.

Há noite vi que Yasuhito estava deitado no relvado a observar as estrelas. Sentei-me ao lado dele.

- Eu estive a pensar...e vocês têm razão. Se eu não dizer o porquê não vai mudar nada e eu quero que algo mude.-Começou ele.-A verdadeira razão de tudo isto é....eu quero ver e tocar no Grande Espírito da Floresta.

- O quê??

- Parece uma loucura, mas é isso que que-

- O Espírito da Floresta está morto.-Interrompi.

Ele sentou-se, olhando nos meus olhos.

- I-Isso é impossível!

- Quando a Eboshi o atacou, a sua cabeça separou-se do corpo. Enquanto o seu corpo procurava a cabeça, tudo o que ele tocava, tirava vida. No fim eu e Ashitaka conseguimos devolver-lhe a cabeça, mas ele retirou tanta vida que acabou por morrer.-Expliquei enquanto olhava para a sua cara de triste.-Mas porquê que queres tanto ver o Deus?

- Eu não quero apenas ve-lo...eu quero tocar-lhe, porque ele salvou-me.

- Salvou-te?

- Quando era miúdo, fui até às profundezas da Floresta, mas do nada uma grande cobra atacou-me passando para o meu corpo veneno que fazia uma morte rápida e limpa. A cobra tentou-me comer, mas a mesma parou quando o Espírito da Floresta apareceu. Esse beijou-me na testa dando-me vida. Fiquei tão impressionado que voltei todos os dias à Floresta para o ver, mas quando me tornei o Imperador nunca mais lá fui.

- E para isso é preciso destruir a Floresta?

- Eu faço o que Saiki me diz, ela diz que é para o bem das aldeias.

- Porque não vens conosco à Floresta?-Perguntou Ashitaka aparecendo atrás de nós.

- A sério? P-Posso ir? Muito obrigado!

***

Lobinhos, nossa história está a chegar ao fim...

Não sei se estam a gostar, mas continuem a acompanhar!!

Vale muito =^.^=

Princesa Mononoke 2 (#Wattys2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora