Let Me Love You (Jemi)

Cap. 5 - Nobody is like her.

07:22

* Joe On *

Mesmo que eu e Demi tenhamos dormido 00:00, eu ainda assim acordei essa hora da manhã. Eu e o meu problema de sono. Acordei e cocei meus olhos, com o objetivo de me ajudar a ver melhor, já que minha visão estava falhada pela vontade dos meus olhos de permanecerem fechados, mas isso não significa que eles sempre estavam dormindo.
Quando eu já estava enxergando direito, olhei para o lado e me deparei com Demi, que parecia um anjo dormindo. Ela é um anjo. E eu tenho certeza de que essa imagem de vê-la do meu lado dormindo profundamente, nunca irá sair da minha cabeça. Dos meus pensamentos. Me sentei no chão que eu dormira com Demi. Olhei de novo para ela. Fuck, seus lábios parecem tão macios, mas eu não posso sentí-los. Eu não posso tocá-los. Uma mecha de seu cabelo descansava em seu rosto. Nesse momento, a minha mão começou a tremer por que eu estava perto demais de Demi, prestes a pegar sua mecha de cabelo e colocá-la para trás. E foi isso que eu fiz. Eu tinha me esquecido de como é bom tocar ela. Tinha esquecido de como era sentir sua mão no meu peito, tentando sentir o meu coração, que no momento batia muito forte e rápido. Será que um dia eu vou poder lembrar com mais detalhes desses atos envolvidos com sentimentos?
Quando coloquei sua mecha de cabelo para trás e afastei minha mão, suspirei. Levantei, fiz minhas higienes pessoais e fui fazer um café da manhã. O ruim, como eu já tinha dito antes, é que eu não sou um bom cozinheiro, então acabei fazendo muito barulho e com isso, fiz Demi acordar. Ela se levantou e me olhou, me fazendo sorrir pela fofura que era de vê-la com os cabelos bagunçados e sem nenhuma maquiagem. Apenas a sua beleza natural, que era extrema.

- Desculpa, eu te acordei? - perguntei, sabendo que ela negaria, e de fato, ela negou. - Bom dia!
- Bom dia! - ela disse sorrindo.
- Estou fazendo um café da manhã. Está com fome? - eu perguntei.
- Sim. - ela me respondeu, concentrada no que eu estava fazendo.
Eu já não sou um bom cozinheiro e ainda com a Demi aqui me observando, eu era um desastre. Acabei deixando queimar uma torrada por que eu não podia simplesmente parar de levantar o meu olhar para Demi e não conseguia parar de falar com ela e dela. Quando percebi que a torrada havia queimado, eu gritei, chamando a atenção de Demi:

- FUUUUUUCK!
- O que houve? - ela perguntou entre suas risadas por causa da minha reação.
- Eu acabei de queimar uma parte do nosso café da manhã. - eu disse. Percebi que era estranho falar " nosso café da manhã ", por que parece que somos um casal, apesar de ser uma coisa que eu desejava muito.
Demi riu bastante me vendo todo envergonhado e com uma expressão de decepção, até que ela se aproximou de mim e disse, tocando no meu braço:
- Deixa que eu te ajudo.
Eu me arrepiei todo com o toque da Demi. Por que ela tinha que fazer isso comigo? Deixei que ela fizesse as torradas enquanto eu secava a louça. A louça ficava em outra parte e não na mesma divisória de onde estava a torradeira que Demi estava usando. Então, por isso, eu, várias vezes, me virava para vê-la trabalhar. Tudo feito com muita delicadeza e com um " toque Demi " que óbvio, só ela podia fazer. E esse " toque Demi " não era apenas para trabalho, mas também para mim. O " toque Demi " que é o único que me enfeitiça, que me deixa louco. Ela que é única, nenhuma garota pode ser ela. Ela é a única que eu amo e que eu sempre vou amar. Não importa quanto tempo eu tenha que esperar, eu vou estar aqui, esperando ela chegar, todos os dias se precisar. Esperar a minha morena. O meu anjo.

- Terminei! - ela disse, me olhando.
- Meu Deus, mas isso está muito bom! - eu disse surpreso.
- Que isso, não é nada, são apenas torradas! - ela disse rindo.
- Bem melhores que as minhas.
- Claro que não, as suas torradas são ótimas também.
- Nem em sonho, Dem.- eu disse, hipnotizado pelos seus lindos olhos castanhos, como sempre. Tá. Eu sei que eu estou sempre repetindo isso, mas é impossível não descrever o jeito que ela mexe comigo.
Sentamos no balcão e começamos a comer. Dude, as torradas estavam muito boas! Ela é boa em tudo o que faz.
Terminamos de comer e ela disse:

- Estava muito bom!
- Que isso, você está sendo gentil, você sabe que se não fosse a sua qualidade na cozinha iria estar tudo muito ruim. - eu disse, fitando-a.
- Claro que não, Joe. Você cozinha bem!
- Isso é uma piada?
- Talvez.
- Ok. Isso é uma piada. - eu disse e nós começamos a rir. Estava tudo bem, assuntos engraçados e aleatórios igual aos velhos tempos eram compartilhados, a velha " jogada de conversa fora " . Mas eu estava desconfortável por um momento, não pela presença dela, e sim pela vontade de perguntar se ela ainda me amava. Mas eu não podia. Eu não posso. Mas eu não aguentava mais. Eu precisava dizer alguma coisa. Então, eu disse, olhando-a fixamente:

- Demi, eu sei que a muito tempo atrás, cinco anos ou mais, nós decidimos que iríamos deixar esse assunto para trás, mas eu não posso.
- O que... você quer dizer, Joe?
- Eu quero dizer... na verdade, perguntar se...
O medo era maior do que a vontade de perguntá-la sobre o nosso passado, mas eu não podia deixar o medo vencer de novo, não mais. Eu poderia não ter essa chance de novo, eu não posso desperdiça-la. Eu não posso deixar que ela vá embora antes de perguntar isto. Eu preciso saber. Eu preciso saber que ela sabe. Eu preciso saber se ela sente o mesmo que eu. Eu preciso... dela. Só dela. Ninguém pode substituir a Demi, ninguém é como ela.

- Eu queria saber se você está feliz. - eu disse, tropeçando nas minhas próprias palavras.
- Feliz? - ela perguntou, levemente confusa.
- Sim, feliz sem...
- Sem o que? - ela pergunta ainda mais confusa.
- Sem mim.
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NOTAS DA AUTORA 💜 :
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