alquimia o segredo das sombras

II. A verdade.

Ali estava eu,  vendo minha mãe perfurada por uma espada,  que estava sendo empunhada por nada mais que uma sombra,  sim uma sombra, sem rosto parecia uma pessoa, mas era negro da cor do carvão, e tinha apenas uma boca de um lado ao outro da cara, sem olhos, nem nariz, como isso era possível, e porque raio minha mãe está aqui quando deveria estar no norte não consigo entender.
Isto foi tudo o que me passou pela cabeça naqueles míseros dez segundos, até que do nada a sombra desaparece sem deixar rastro.
- O que se passa? -pergunto eu
- Uma longa história - responde minha mãe se esvaindo em sangue.
- como assim uma longa história? Temos que ir já para o hospital.
- não, lá só vou por muita gente em perigo.
- mas assim vais morrer - digo eu gaguejando e com as lágrimas a cair-me pelo rosto.
- ouve-me tens que ir ter com a tua cordenadora da escola. - diz ela tossindo
- mas o que a senhora Rita tem haver com tudo isto?  Perguntei eu entre os soluços.
- ela vai-te explicar, vai na minha mesa de cabeceira e tira da última gaveta uma carta com um selo de um leão e dáa à Rita, ela saberá o que aconteceu. - disse minha mãe
- ok mas  tu não podes morrer, não agora - respondi chorando
- não tenho muito tempo, por isso só quero que saibas que te amo muito e que espero que não fiques chateado nem comigo nem com o teu pai, ele não tem culpa, eu não fui visitar ninguém mas sim caçar alguém, mas parece que eu é que fui caçada, a espada na minha barriga está com um selo de maldição por isso não há volta, a dar Rita vai te explicar melhor, mas quero que fiques com isso como lembrança e para te proteger das sombras amo-te . Disse ela me entregando o pendente com uma pedra vermelha que ela sempre usava ao pescoço, estava cheio de sangue.
No mesmo momento um brilho estranho e de cor roxa aparece em seu estômago e do nada ela vira pó.

Depois de subir e vomitar todo o meu almoço, fui a mesinha de cabeceira e tirei a carta que ela falou, era uma carta feita com um papel amarelado, muito antigo, e um selo vermelho em forma de leão, não podia acreditar que tudo aquilo acontecera em uns míseros dez minutos, minha vida mudou e eu tinha noção disso, lavei o pendente, pus a carta no bolso junto com as chaves, a carteira e o telemóvel e sai de casa, estava muito abalado para ir de transportes públicos, por isso fui a pé, pelo caminho não parava de vir a minha memória minha mãe virando pó, o ela disser que ia caçar alguém, como assim caçar alguém, uma espada com um selo que tinha uma maldição, minha cabeça estava feita num oito, mas não podia parar tinha que completar o pedido que minha mãe me fizera e entregar a carta a Rita.

Cheguei a escola fui ao gabinete da senhora Rita bati e entrei,  estava sozinha, ainda bem pensei na altura, acredito que se ela tivesse com alguém, tinha simplesmente desistido.
Não falei nada simplesmente pus a carta na mesa e disse: -por favor me explica tudo.
Ela olhou para a carta abriu, leu e perguntou : - o que aconteceu?
Depois de contar tudo ela começou a explicar.
- isto vai ser um bocado difícil de entender por isso presta atenção, tua mãe, eu e teu pai somos o que podes chamar de alquimistas, nos praticamos magias usado pedras encontradas na natureza, mas não só isso, nos somos ameaçados por uma organização chamada de os templares, que são guerreiros que usam a própria alquimia para acabar com os alquimistas, eles andavam atrás da tua mãe desde antes de tu nasceres, ela era muito talentosa como alquimista e como caçadora de templares.- fez uma pausa respirou e continuou :
-Nos temos que nos proteger deles e pelo o que tu disseste foi ramuh que matou a tua mãe, ele era um alquimista que virou templar, temos que fugir, teu pai provavelmente já não está mais na cidade , temos que ir para Espanha lá é mais, seguro tem lá uma base secreta nossa, vamos a tua casa buscar roupa e partir imediatamente.

Não sabia como reagir por isso só me levantei e fui com ela em direção ao seu carro sem prunuciar uma palavra,  minha cabeça estava a mil entrei no carro e disse :
- vamos diretos a Espanha não quero voltar a casa.