As Crônicas de Eduarda

Como tudo começou...

      Conheci a Eduarda quando ela ainda era puta, mas fiquem calmos, não a conheci no
puteiro, e sim, nos esbarramos na rua. No começo fiquei nervoso, mas depois achei legal.
     Conversa vai, conversa vem, ela disse que era puta, fiquei um pouco decepcionado, mas aceitei. Fomos tomar café da tarde, pedi um pastelão e ela uma coxinha. A garçonete parecia um monstro de tão feia. Eduarda parecia conhecer a garçonete, pela conversa:
- 'Eai' como vai a vida Milena?
- Vai bem Eduarda.
Milena sendo uma péssima garçonete se sentou e ficou conversando conosco. Um tempo depois, seu chefe a chamou.
- Milena, tu tem problema? Vai trabalhar! Milena foi rapidamente ao seu chefe, onde respondeu:
- Desculpa Sr. PPinto, eu tenho problema!
- Eu sei que você tem problema, todos sabem! Você não sabe escrever e fica culpando o corretor.
De repente ouvimos barulhos de tiros, todo mundo se jogou no chão, enquanto o bandido saqueava o caixa eletrônico. Estávamos sendo assaltados.
- Passa o dinheiro aí 'Brow', ta doidão?
Ele estava prestes a bater em Eduarda quando ela falou:
- Opaaa! Calma aí! Não é você aquele cliente fixo meu toda quarta? Augusto né?
-Eduarda? –Respondeu o bandido
- Isso! Vamos deixar tudo isso de lado, olha,
pode levar o dinheiro e...   
- NÃO – Gritou Augusto, atirando no peito de
PPinto, onde por sorte tinha o desenho de um macaco, que ele tinha imprimido para o filho. O macaco era chavoso: Tinha um sorriso cativante, um olhar confiante e um cabelo zika. A bala acertou em cheio o nariz dele, que desviou a bala no Augusto. Calma, o macaco saiu ileso. 
Esqueci de falar sobre o Augusto. Ele tinha um
cabelo até a boca e parecia que ele não dormia faz um mês. Um merdinha, basicamente. Depois do susto, nós fomos dormir. Cada um na sua casa. Eduarda não parava de pensar em seus novos amigos. Como se deram bem na vida (menos a Milena) e como eram bonitos (eu).